31 dezembro 2010

Monumento aos animais vitimas de abandono

 
ANDA - Associação Protectora de Animais Abandonados (Espanha) inaugurou no passado mês de Março do corrente ano, um monumento aos animais vitimas de abandono, na localidade de Lorrazo - Moanto/Pontevedra(Espanha);
a peça é da autoria da escultora Marin Carmen Grandoe, e a pedra para o mesmo foi doada pelo vereador e deputado José Fervenza.

Nuestros hermanos (quase) sempre à nossa frente!
Publicada por crapaa em 11/05/2010

23 dezembro 2010

BASTA DE CIRCO COM ANIMAIS

 

Enviado a 22 Dez 2010, por CircoSemAnimais
 
Hoje, 22 de dezembro, realizou-se uma concentração/circo alternativo, em frente ao Coliseu do Porto, pelo fim da exploração de animais nos circos.
Houve musica e malabares, e distribuiu-se um panfleto com o texto abaixo.
A policia encontrava-se no local e alegou ser ilegal os manifestantes segurarem uma faixa que dizia "DIVERSÃO SEM EXPLORAÇÃO - BASTA DE CIRCOS COM ANIMAIS", por volta de 50 pessoas estiveram presentes na acção.
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Porquê circos sem animais?
Os animais que são expostos nos circos são retirados do seu habitat natural, passando grande parte do tempo confinados a espaços exíguos e desprovidos de condições, sendo transportados longas distâncias em condições deploráveis.
Longe dos olhares do público são normalmente sujeitos a maus tratos e privações de forma a serem (cruelmente) “domesticados”. É importante referir que muitas vezes, estes animais encontram-se ainda sob efeito de drogas calmantes para evitar reacções imprevistas mesmo com todas as horas de “treino”.
São muitas vezes mantidos em jaulas conjuntas, onde se podem encontrar animais como avestruzes, gatos, cães, coelhos, lamas, linces etc; animais que nunca conviveriam no meio natural e certamente não partilham das mesmas necessidades, interesses, hábitos ou instintos.
Animais de grande porte e muito sociáveis como leões, elefantes ou ursos são mantidos presos ou acorrentados, geralmente sozinhos, o que resulta numa atitude depressiva e muitas vezes paranóica.
Privados dos seus comportamentos mais básicos e espontâneos nunca poderão experienciar a liberdade, e interacção com a natureza e membros da mesma espécie.
E em nome de quê?
O que acrescenta ao nosso conhecimento ver um elefante a fazer o pino, um urso a andar de bicicleta ou um gato a jogar futebol? O que aprendemos sobre estes animais ao vê-los obrigados a adoptar comportamentos completamente distintos da sua forma de existir natural?
Entretenimento com animais é anti-ético.
Cada vez que assistimos a estes espectáculos estamos a assinar por baixo a condenação se seres sencientes a uma vida de cativeiro, triste e cruel.
Basta! Os circos podem existir sem animais.
Não colabores com este sofrimento!
Video
 

 
Cadela compreende mais de 1000 palavras
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s donos de cães gostam de acreditar que eles entendem o que lhes é dito. É verdade que, muitas vezes, quando falamos para um cão, ele age como se de facto compreendesse, embora o seu comportamento resulte de um misto de afeição e desorientação. Mas há um cão que compreende verdadeiramente o significado de umas quantas palavras. De acordo com os psicólogos Alliston Reid e John Pilley, citados pelo Daily Mail, Chaser, uma Border collie de seis anos, aprendeu o significado de mais de 1000 palavras. O que significa que as nossas conversas com os cães não são um completo desperdício de tempo.
Os dois psicólogos começaram a trabalhar com Chaser há três anos para perceber quantas palavras ela conseguiria entender. Eles reuniram 1022 brinquedos, incluindo frisbees, bolas e brinquedos próprios para animais e descobriram que ela é capaz de os reconhecerem e memorizar a todos. A cadela consegue também reconhecer os objectos pela sua forma e função, tal como uma criança de três anos.

“Quisemos saber se há algum limite de palavras que os cães podem compreender e que conseguem reconhecer o nome do objecto em si e não responder apenas a um comando relacionado com o objecto”, explicou John Pilley. “Todos os dias trabalhámos 4 a 5 horas com Chaser para comprovar que ela conseguia lembrar-se dos nomes e diferenciá-los. Não estamos com isto a dizer que os cães podem aprender a linguagem da mesma forma que as crianças, mas isto demonstra que a capacidade de Chaser de aprender muito mais palavras do que alguma vez imaginaríamos”.
A pesquisa, levada a cabo no Wofford College, em Spartangur, Carolina do Sul (EUA), consiste, numa primeira faz, em apresentar a Chaser cada um dos brinquedos insistindo no nome de cada um destes. Em seguida, é escolhido um grupo aleatório de 20 objectos e Chaser tem que os ir buscar ao ouvir o nome de cada um. A cadela teve bons resultados em 838 destes testes nos últimos três anos, segundo o relatório publicado na New Scientist Magazine. Chaser aprendeu também a responder a três comandos diferentes: “pata” (mover o objecto com a pata); “nariz” (empurrar o brinquedo com o nariz) e “trazer”.

21 dezembro 2010

Quanto custa abater um animal num canil municipal?

Por campanhaesterilizacaoanimais
O exemplo abaixo reflete a realidade de um canil do centro do país em termos dos custos directos do abate de um cão médio. Não estão contemplados os custos fixos ( manutenção das instalações, salários do pessoal, desde o pessoal auxiliar até ao de gestão, electricidade, água…). Nem, claro, está considerada a aberração económica e ética, em pleno século XXI, de ter uma estrutura (os canis) destinada a infligir mortes inúteis e desnecessárias (e todo um rol de práticas medievais a que ficam sujeitos os animais enquanto aguardam a morte) quando esta situação pode ser evitada com a redução do número de animais através da esterilização.
Gostariamos que nos enviassem cálculos para outros canis, pois é necessário acabar com a falsa visão de que abater é mais barato do que esterilizar.
Permanência de 3 semanas de um cão/cadela com 20kg no canil
 ENTRADA E 8 DIAS NO CANIL MUNICIPAL 
Por razões de higiene, salubridade e respeito aos funcionários/adoptantes no canil, todos os animais devem ser desparasitados à entrada do canil.
Desparasitação interna (2 comprimidos)Drontal plus: caixa de 48comp. = 136€. 5,60€
Desparasitação externa (1 pipeta)Advantix 10-25kg: caixa c/ 4 pipetas = 17,85€. 4,46€
Ração qualidade média/boa para recuperação na 1.ª semanaFriskies adulto 20Kg = 40€. Cão/cadela come 350gr/dia 4,90€
TOTAL DA SEMANA DE ENTRADA 14,96€

MANUTENÇÃO POR 15 DIAS NO CANIL MUNICIPAL
Por lei, um animal permanece no canil “durante um período mínimo de 8 dias” (acima), para permitir “a reclamação de posse”. Após esse período, “nos casos de não reclamação de posse, as câmaras municipais devem anunciar, pelos meios usuais, a existência destes animais com vista à sua cedência”. A permanência de um animal num canil, em posse de uma Câmara Municipal, por menos que 2 semanas é eticamente condenável, por questões de respeito pelos animais e seus detentores.
Ração para a 2.ª e a 3.ª semanaForMyDog NetRações 20Kg = 10€.Cão/cadela come 350gr/dia 1.26  
1.26  
Água, luz, funcionário do canil, medicação pontual. Valores variáveis 

EUTANÁSIA
Seringa e agulha 0,30€
Calmivet – Anestésico tranquilizanteAprox. 10ml por cada 20Kg. Frasco de 50ml = 5,80€ 1,16€
Eutasil – Fármaco para provocar a morteAprox. 17ml por cada 20kg. Frasco de 50ml = 41€ 13,94€
TOTAL DA EUTANÁSIA 15,40€

INCINERAÇÃ0
Incineração 1,55kg por cada Kg. 31€
Aluguer dos contentores de recolha de cadáveres Preço sob consulta
Transporte dos cadáveres Preço sob consulta
TOTAL DA INCINERAÇÃO Acima de 40€
14,96€ + 1,26€ + 1,26€ + 15,40€ + 40€ =72,88€

 “Cada animal abatido custa ao Estado cerca de 60 euros: custos de recolha, alimentação, eutanásia e incineração de um canídeo médio”                      DR. FERNANDO RODRIGUES, Veterinário Municipal de Valongo, “Esterilização obrigatória por lei”, ligação disponível em http://campanhaesterilizacaoanimal. wordpress.com/2010/02/.

Custos em materiais e produtos envolvidos na esterilização (IVA incluído) 
  • Orquiectomia (esterilização) de cão (macho) com 20 kg: 11,39€
  • Ovariohisterectomia(esterilização) de cadela com 20 kg: 15,66€
  • Orquiectomia (esterilização) de gato (macho) com 4 kg: 2,83€
  • Ovariohisterectomia (esterilização) de gata com 4 kg : 9,73€

Cãozinho mais feio do Reino Unido ganha um lar

 
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Ug, o cachorro conhecido por ser o mais feio do Reino Unido, finalmente conseguiu um lar. A garçonete April Parker, que mora na Inglaterra, viu a foto dele em um site de adoção de animais e se apaixonou.
Ela diz que o animal, que tem olhos saltados e os dentes tortos, tem um temperamento ótimo e está sempre pulando nas coisas.
A família Parker tem duas crianças, que adoraram o novo membro da casa e já mudaram o nome dele de Ug (abreviação de uggly - feio em inglês) pra Doug.
Fonte: Virgula


 Grupo de Voluntarios do Canil Gatil do Seixal

20 dezembro 2010

Adestramento com inteligência


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Vladinir Maciel treina Jacó com reforço positivo. O cão adora ser recompensado pulando no ar para pegar o frisbee
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O Border Collie espera indicação do treinador para começar seu show na cena do banheiro.
ALEX COSTA
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No segundo momento, Jacó levanta a tampa do sanitário, educadamente, utilizando o próprio focinho
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No vaso sanitário, o cão faz xixi. Da primeira vez que desempenha o número, a cena é real
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Como prova do bom aprendizado, Jacó dá descarga, após abaixar a tampa do vaso, gesto que algumas pessoas esquecem
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Ao final da cena, o cão volta a dormir enroladinho no lençol. O show vai para o "Se Vira nos 30" do Domingão do Faustão
20/12/2010
A correta motivação é fundamental para ensinar animais a se comportarem conforme o estilo de vida do dono
Eusébio. Imagine um cachorro que é mais educado do que muito ser humano: ele vai ao banheiro, levanta a tampa do sanitário, faz xixi dentro do vaso, abaixa a tampa, dá descarga e, ao sair, "volta a dormir" enroladinho do lençol. Sim, esse cão existe e está pronto para dar um show no Domingão do Faustão, no quadro "Se vira nos 30". Trata-se de Jacó, um Border Collie de 1 ano e 7 meses que desde os 62 dias de nascido tem como treinador e proprietário o idealizador da Cão Gentil Adestramento e Comportamento Animal, Vladinir Maciel. A dupla nasceu um para o outro. Jacó adora aprender novos comportamentos e Vladinir não perde a oportunidade para selecionar as melhores performances. Sejam dar saltos mortais para pegar brinquedos, andar para trás, fingir-se de morto, ficar sentado sobre as patas traseiras, dar um "oi" com as dianteiras e muito mais.
A versatilidade deste cão prova não só a sua inteligência, mas a comprovação de que, quando motivados corretamente, os cães, assim como os seres humanos, são capazes de coisas incríveis.
Com base no Adestramento Inteligente, método desenvolvido pelo zootecnista Alexandre Rossi, Vladinir Maciel criou a Cão Gentil. O nome não é à toa. Os animais "alunos" aprendem os comportamentos desejados pelo proprietário por meio do reforço positivo, gentilmente. O cão é recompensado pelos acertos no aprendizado e não é premiado quando erra. A recompensa pode ser petisco ou brinquedo. Descobrir qual das duas vai agradar mais, é tarefa do treinador, no trabalho diário. Vladimir evita a palavra punição. "Não trabalhamos com isto, mas com ausência do ganho, da recompensa. Assim como o ser humano, o animal busca o que lhe dá satisfação, o que lhe agrada. No trabalho, dou o que o cão gosta".
Nível avançado
Jacó treina todos os dias, em ritmo que não pode ser estressante. Como está em nível avançado, são 40 minutos ao longo do dia, em etapas de 10 minutos por vez. Mas ele gosta tanto da "brincadeira", que parece não cansar nunca. Se fosse preciso, passaria o dia inteiro correndo para ser recompensado. O que mais lhe agrada não são petiscos, mas o frisbee, bolas e brinquedos de borracha. Para pegar o frisbee no ar, ele dá saltos de quase dois metros de altura. E a alegria é permanente. É pura satisfação. Aqui Vladinir mostra a diferença de seus treinamentos. O animal aprende, mas sentindo-se feliz.
Na Cão Gentil, Vladinir tem a mulher, Najla Maciel, e o irmão, Neto Maciel, como companheiros de equipe. Eles já têm como "alunos" cerca de 35 cães. Porém não treinam só cachorros. Também gatos e a espécie que aparecer. Entre os animais do próprio Cão Gentil, há o gato Félix, um SRD que sabe passear na coleira e fazer números entre as passadas do treinador. Também há um sagui obediente e uma Pinsher que só era estressada quando morava com o antigo dono e vivia dentro de um viveiro de pássaros. Hoje, a Catita, como ela se chama, é super tranquila. Deve ser porque "adora rezar". Quando Vladinir se ajoelha e fica com as mãos postas, ela corre e se inclina também no mesmo gesto de oração.
A Cão Gentil treina animais para o adestramento doméstico, anúncios comerciais e também para filmes. Vladimir treinou o bode que guia o cego no filme "Cine Holiúdy". Também já preparou o Poodle Pipoca, para interpretar um vira-lata na nova novela da Record que já está sendo gravada.
Ele conta que o segredo é saber selecionar o comportamento do animal. No treinamento de Jacó, usa o clicker para indicar a performance desejada. O cão fica atento ao som discreto do equipamento e, prontamente, desempenha a performance aprendida.
Vladinir trabalha em duas linhas: o adestramento, para o animal obedecer a comandos; e a resolução de comportamentos, tais como rasgar sofá, fazer xixi em local errado, roubar comida. Na primeira linha, o cão já pode começar entre 4 a 6 meses de idade, e o gato, de 8 a 10 meses. Na segunda, desde que haja necessidade.
Positivo
"O princípio de nosso trabalho é o reforço positivo, com recompensa pelo acerto"
Vladinir Maciel
Treinador de animais

"O filhote já pode ser treinado a partir dos 50 dias de nascido para aprender melhor"
Neto Maciel
Treinador de animais

"Os gatos também podem ser treinados para ter o comportamento desejado"
Najla Maciel
Treinadora de animais

MAIS INFORMAÇÕES
Faculdade Cão Gentil, Estrada do Fio, 2668, Região Metropolitana de Fortaleza - www.caogentil.com
(85) 9994.4099/ 86078040
Valéria Feitosa
Editora do Regional

18 dezembro 2010

Neste Natal…

Neste Natal, não abandone o seu amigo (a). Ele(a)  depende de si.
Lembre-se ele (a) nunca o abandonariam.
Neste Natal  não fique indiferente ao sofrimento dos animais abandonados.
Neste Natal, ao fazer as suas compras,  lembre-se que existem associações de proteção de animais, que todos os dias lutam com carências de todo o tipo.
Neste Natal, não ofereça um animal. Lembre-se que é um ser vivo  e tal como nós, tem as suas emoções. Como será a vida deste animal se não agradar como prenda?
Neste Natal, não deixe o seu animal procriar. Lembre-se que o seu animal necessita de ser esterilizado. As ruas estão cheias de animais abandonados. Esterilize o seu animal e evite mais sofrimento: maus tratos, atropelamentos, e todo o tipo de crueldade .
Neste Natal, não compre amigos. Amigos não se compram. Basta olhar à sua volta e logo encontrará quem queira ser seu amigo.
Nesta Natal, adopte um animal. Existem muitos abandonados, nas ruas ou que foram recolhidos e se encontram em canis e gatis, ansiando por um dono.
Neste Natal lembre-se deles!
Ajude um animal abandonado.
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Capturar
nós não viramos as costas
Vídeo sobre os animais cada dia mais vítimas da ignorância do ser humano. Cuidem do seu "A"migo. Agradecemos Luciene que realizou o video!

A amizade quando verdadeira é eterna !
Uma gata tentou, por mais de 2 horas, reanimar seu gato amigo fazendo um tipo de massagem cardíaca. O fato aconteceu na Turquia e foi gravado por pessoas do local. Após um tempo, um veterinário chegou e levou o animal sem vida.
Existem pessoas que falam que os animais não tem sentimento, isso é só uma prova.
Este vídeo demonstra o amor que os animais tem um pelo outro, amor este, que esta ausente em nós seres humanos. Hoje em dia dizem muito eu "EU TE AMO", na minha opinião o verdadeiro Amor é aquele que é demonstrado e não dito...igual a esta emocionante cena!




Grupo de Voluntários do Canil/Gatil do Seixal

17 dezembro 2010

Fauna Urbana – a vida selvagem à nossa porta

Manuel Nunes (texto) e Jorge Nunes (fotografia

imageAo contrário do que se poderia supor, as cidades não são domínio exclusivo dos seres humanos. Nos jardins, lagos, hortas e edifícios é possível encontrar uma miríade de seres vivos que aprendeu a tirar partido dos habitats das nossas urbes.
Ao contrário do que muitas pessoas poderiam supor, as cidades não são domínio exclusivo dos seres humanos. Nos jardins, lagos, hortas e edifícios é possível encontrar uma miríade de seres vivos que aprendeu a tirar partido dos diferentes habitats das nossas urbes. São aves e mamíferos, mas também répteis e anfíbios cuja vizinhança muitas vezes desconhecemos mas que partilham connosco a selva urbana.
Quando há 12 000 anos atrás surgiram, no Crescente Fértil, as primeiras cidades, dificilmente os seus habitantes poderiam imaginar que milhares de anos mais tarde as suas urbes de adobe, madeira e pedra, haveriam de evoluir para gigantescas «ilhas» de tijolo, vidro, betão e aço onde vivem actualmente mais de 1500 milhões de pessoas. Talvez as cidades modernas tenham poucos encantos naturais quando comparadas com as primitivas cidades Sumérias, apesar disso também elas se converteram em redutos ecológicos importantes para inúmeras espécies de animais selvagens, a ponto destas chegarem a ser consideradas como ecossistemas completos nos quais a biodiversidade se relaciona entre si e com o meio envolvente com a mesma perfeição com que o faz nos espaços inalterados pelo Homem.

Mas o que terá levado tantas espécies animais, algumas delas raras nos seus habitats naturais, a ocupar estes ambientes artificiais criados pelo Homem, a adaptar-se a eles e a prosperar? Aparentemente, a resposta é simples: abundância de alimento, fruto dos desperdícios orgânicos dos habitantes humanos; ausência quase total de predadores e maior tolerância por parte dos seres humanos; abundância de abrigos e nichos ecológicos (ex.: casas abandonadas, ruínas, torres de igrejas, cemitérios, telhados, varandas, terraços, pátios, jardins, hortas, árvores, lagos, fontes, esgotos e todo o tipo de canalizações subterrâneas); e condições climatéricas mais acolhedoras, sobretudo em termos de temperatura, pois as cidades funcionam como «ilhas de calor» que, em média, registam temperaturas 1,5 ºC acima dos valores que se verificam fora do espaço urbano. Em certos casos, a adaptação à vida urbana foi de tal forma bem sucedida que algumas espécies de animais simplesmente deixaram de conseguir sobreviver sem a presença do Homem, como acontece, por exemplo, com os vulgares pardais-domésticos (Passer domesticus), que não sobrevivem em povoações que tenham sido abandonadas pelos residentes humanos.
Mas nem tudo são rosas para esta fauna urbana. Exposta a todo o tipo de perigos, os animais da cidade têm uma esperança média de vida relativamente curta, situação viável apenas devido a uma elevada fertilidade que permite a algumas espécies contrabalançar as pesadas perdas provocadas por factores como a poluição atmosférica; o excesso de ruído; os atropelamentos; a falta de refúgios nas edificações modernas; a escassez de vegetação; e até o elevado nível de stress a que muitas «espécies urbanas» estão sujeitas, como o comprovam estudos etológicos realizados em populações de aves urbanas, segundo os quais estes animais apresentam níveis de stress e hiperactividade comparáveis aos de um alto executivo humano.
Lisboa, uma cidade «selvagem»
Dependendo da localização e da quantidade e qualidade dos habitats disponíveis, as cidades atraem maior ou menor diversidade de animais. De todos os grupos de animais que frequentam ou habitam as nossas cidades, as aves são, claramente, o mais abundante. Mas não se pense que as aves se resumem aos pardais, às pombas, às gaivotas ou às andorinhas. Com efeito, a elevada capacidade de adaptação das aves, aliada a uma maior diversidade de espécies, converteu-as em verdadeiras estrelas da nossa fauna urbana, proporcionando às populações de muitas cidades portuguesas, nomeadamente daquelas onde abundam parques e jardins, terrenos baldios e/ou zonas ribeirinhas, a oportunidade de tomar contacto com o mundo novo da «ornitologia urbana».
Lisboa possui, talvez, a maior e mais estudada comunidade de aves urbanas do país. De acordo com Hélder Costa, ornitólogo da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) e autor do livro Lisboa AVES, «nidificam actualmente em Lisboa cerca de 28 espécies, embora o número total de espécies registadas ronde as 138». Apesar deste número, poucos serão os lisboetas que conhecem verdadeiramente as suas aves. Com efeito, refere este ornitólogo, «com excepção dos pombos, das gaivotas e dos pardais, de uma forma geral, a maior parte dos lisboetas não se apercebe muito da existência de aves da cidade» o que, tendo em conta a profusão de espécies que ocupa a capital, não deixa de ser sintomático do alheamento dos habitantes humanos face aos seus vizinhos alados. Na verdade, a maioria dos lisboetas continua a desconhecer que entre os seus vizinhos se incluem espécies tão singulares como, por exemplo, os flamingos (Phoenicopterus ruber) que por vezes aparecem na zona do Parque Expo; os peneireiros (Falco tinnunculus) que nidificam desde o final da década de 90 nos respiradouros da Torre do Tombo e que frequentam algumas zonas da cidade, especialmente onde ainda subsistem terrenos baldios, parques de média dimensão ou restos de antigas quintas (zona do aeroporto, zona das Olaias, etc.); os andorinhões-pálidos (Apus pallidus), que criam em grande número nos edifícios antigos do centro histórico; as alvéolas-brancas (Motacilla alba), que se aglomeram às dezenas todas as noites nas árvores-dormitório da Praça de Espanha; os falcões-peregrinos (Falco peregrinus), que por vezes sobrevoam o parque Eduardo VII ou utilizam as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama como poiso altaneiro; ou ainda as esquivas garças-nocturnas (Nycticorax nycticorax), que por vezes frequentam os lagos dos jardins da cidade, como acontece no Hospital D. Estefânia.

16 dezembro 2010

Chinesa recolhe 1.500 cães e 200 gatos de rua


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Muita gente gosta de animais. Poucas são como Ha Wenjin, que mudou toda a sua vida para tomar conta deles.
A chinesa desistiu de seu emprego e vendeu sua casa, seu carro e suas jóias para cuidar de mais de 1.500 cães e 200 gatos.
A história dessa mulher começou quando ela decidiu cuidar de alguns cães no seu tempo livre. Conforme o número de animais cresceu, ela teve que desistir da sua carreira e passar o dia inteiro cuidando das necessidades dos cães.
Antes que ela percebesse, possuía um abrigo pessoal de animais, com 10 trabalhadores cuidando de cães, e mais 2 cuidando dos gatos. O abrigo foi relatado pela primeira vez em 2006. Ha Wenjin conseguiu mantê-lo aberto até hoje, nas proximidades de Nanjing.
Ela tem um número de voluntários que comparecem pelo menos uma vez por semana para checar os cães. As pessoas doam a maioria dos alimentos. Já em 2006, o custo para manter e cuidar desses animais era de cerca de 63.950 reais por ano. Agora, com mais do dobro do número de animais, dá para imaginar o quão difícil é para Ha Wenjin manter seu abrigo aberto, especialmente sem a ajuda das autoridades locais. Apesar da maioria dos alimentos virem de doações, existem muitas outras coisas que custam muito dinheiro.
Não bastasse tudo isso, recentemente, Ha Wenjin recebeu uma notícia ruim: funcionários do governo chinês querer recuperar a terra na qual o abrigo é construído sobre a ameaça de fechar o lugar. Sendo assim, os 1.500 cães e 200 gatos terão de se mudar para uma casa nova.
Ha Wenjin teve que agir rápido, e encontrar um lugar barato e grande o suficiente para seus “animais de estimação” morarem. Ela conseguiu encontrar um lugar perfeito na aldeia Houyu, longe o suficiente de assentamentos humanos, já que a corajosa mulher admite que 1.500 cães não são silenciosos.
Ela ainda precisa encontrar voluntários suficientes para ajudá-la a mover os cães – ela já conta com a ajuda de quatro ônibus – e a limpar os veículos mais tarde. Apesar de todos os empecilhos pelos quais passa, e de não ter tempo para mais nada em sua vida, Ha Wenjin não tem nenhuma intenção de desistir de sua luta para salvar o maior número possível de cães e gatos de rua. Gesto admirável.
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A Pomba Cassiana

A pomba Cassiana era apenas um borrachinho quando foi encontrada. Tinha uma pata ferida e pouco mais. Devido à tenra idade, tinha que ser alimentada à mão e não voava.

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Claro que a minha Set, quis logo cuidar deste pequeno ser. Sabia que era muito frágil e mal lhe tocava. Por saber disso, rosnava quando eu me aproximava para tratar da sua pombinha.

Set e Cassiana.

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A Cassiana cresceu. Devo ter cometido algum erro, ao criá-la, pois não se alimenta sozinha e também não voa. Está completamente dependente de mim.
Será que se sente cão?

Uma pomba na discãoteca
A Cassiana adora ser elogiada e detesta que lhe chamem nomes.
Neste momento a Cassiana é a líder da família quatro patas.


Clique e saiba mais

Saci II

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De todos foi o que menos sofreu depois de ser abandonado. Apareceu a pedir socorro, mas estava em perfeito estado de saúde e muito limpo. Cheirava até bem. Inicialmente pensei que estivesse perdido. Não tinha chip. Publiquei fotos dele  na esperança que alguém aparecesse mas ninguém o reclamou. E assim o Saci, foi ficando, ficando, ficando… e ficou.
DSCN9015O Batizado do Saci

DSCN9020O Saci com a sua madrinha
Dei-lhe o nome do meu primeiro cão para me convencer a mim própria que  tinha mesmo que parar de aumentar a família quatro patas. ???
Saci e o seu grande amigo Marcos

DSCN0031Saci com os amigos
Comparo a personalidade do Saci com a da Huila. Quer todas as atenções viradas para ele. Torna-se chato por ser tão meigo. Adora crianças. Quando ouve uma criança a chorar, levanta as orelhas, fica atento, procura saber donde vem o som, o que me leva a crer que o tenham abandonado, por ter aparecido um bebe humano na família.
O Saci é saudável e vive feliz com toda a sua família. Que Deus o proteja e guarde.

15 dezembro 2010

Shalom


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Alguém encontrou o meu doce Shalom, juntamente com os irmãos a mamar na mãe que se encontrava já morta. Felizmente, existem pessoas que se compadecessem com situações destas. Os gatinhos foram então retirados à mãe, e distribuídos por pessoas interessadas. A pessoa que adoptou o Shalom, sentiu-se incapaz, pedindo então ajuda a uma amiga minha. Esta amiga trousse-me então o gatinho para que a aconselhasse. Assim que vi este menino, e embora dissesse a mim mesmo que não podia aumentar a família quatro patas, não resisti aos seu encantos e ofereci-me para cuidar dele.
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Claro que já não voltou.
Logo na primeiro dia, e por lhe terem administrado alimentos impróprios para a sua idade,  foi acometido por uma forte diarreia o que me levou ao desespero. Foi horrível assistir ao sofrimento deste pobre gatinho. Aos gritos e gemidos, contorcia-se com dores e pedia-me socorro. Nunca pensei que sobrevivesse, mas graças ao médico veterinário e com antibiótico este menino sobreviveu.
Sinto que percebeu, que foi graças ao meu esforço, que lhe passaram as dores. Desde então, tem sido a minha sombra. Acompanha-me para todo o lado, dormindo bem encostadinho a mim.

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A Set embora feliz, por ter um bebe para cuidar, muitas vezes vi tristeza e lagrimas nos seus olhinhos pois recordava-se do Shissue, o seu muito amado Shissue.

Shalom
O Shalom, foi amamentado a biberão. Da higiene se encarregava a Set.

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O Cuilo, embora às vezes um pouco bruto, pois era mais crescidinho, logo se encantou com o Shalom, tornando-se grandes amigos.
Shalom e as suas massagens
É na realidade uma ternura o meu querido Shalom. Um dos seus grandes prazeres é massagear as cotas Sandula e Set. A Sandula não é grande apreciadora destes gestos de carinho, mas como com tudo, conforma-se.

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Pela paz e harmonia que me transmite, dei-lhe o nome de Shalom.

Cuilo


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O Cuilo, veio depois do Shissue. Como todos os outros, também não tinha dono. Tinha cerca de dois meses de idade.
A Set encarregou-se de entreter este menino. Por já ser crescidinho não necessitava de tantos cuidados como o Shissue e mais tarde o Shalom, mas mesmo assim ela não descurou os cuidados. Não com o mesmo entusiasmo com que cuidou do Shissue. Por vezes mostrava-se até muito desiludida e triste, pois lembrava-se do seu primeiro bebe -  o Shissue –, mas foi sempre dedicada e carinhosa. Tratou do Cuilo com muita ternura  e amor.

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O Cuilo cresceu, transformou-se num belo gato. Não perde a oportunidade de provocar a Set, desafiando-a do alto, o que a irrita deveras. Mas são bons amigos.
É dono de uma forte personalidade. Detesta gente estranha. Assim que sente visitas, transforma-se numa verdadeira fera. Demonstra bem o seu desagrado e esconde-se para não ser incomodado.
É o senhor lá de casa.

Set


Depois da morte da Mizé e através de pesquisa na Internet, vi a foto de uma cadela abandonada, que me despertou a atenção, por ser parecida com a minha Mizé.


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Logo me pus em contacto com o anunciante. Prontamente me trouxeram a Set. Foi uma espera angustiante, pois tinha perdido a Mizé há pouco tempo, e erradamente esperava por alguém igual a ela. Puro erro. Não podia haver duas iguais. A Set é uma doce cadela, mas relativamente à Mizé em nada era igual, tirando a cor.


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Quando chegou, estava muito assustada, suja e pejada de carraças e pulgas. A minha preocupação inicial, foi dar-lhe um banho e desparasitá-la.
Não me apercebi que a pobre cadela, estava num sofrimento atroz, a não ser quando lhe dei de comer.


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Foi quando verifiquei que espumava da boca. Corri imediatamente para o veterinário. Aí fiquei a saber que a Set, estava a perder a língua. Tinha muitas dores, muita fome e sede.
Não sei como é que isto aconteceu. Segundo o veterinário, ou roeu um cabo elétrico, ou comeu a lagarta do pinheiro. Creio, que devido aos hábitos alimentares que ainda mantem, e que contrarío a todo o momento, ter sido a lagarta do pinheiro
A fome é negra. Tinha apenas dois meses, era órfã e fora abandonada. Logo havia que sobreviver de qualquer forma.
Prontamente foi tratada e nesse dia, consegui, com uma seringa e uma colher, que ingerisse alimentos líquidos.


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Uma semana mais tarde, a Set  já não parecia a mesma. Lentamente,  foi melhorando. Nos primeiros dias, era alimentada à colher, mas aos poucos foi-se habituando a comer sem ajuda.  O prato da água deve estar sempre bem cheio para ela poder sugar. Dependendo do alimento, e por mimo, ás vezes precisa de ajuda.


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Por ter vindo depois da morte da Mizé,  demos-lhe o nome  Set cujo significado bíblico é Compensação.


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Sandula, Huila e Set.


( Tal como quando a Mizé estava entre nós)



A Set e o Shalom

A Set e o Cuilo

A Set e o Shissue




Marquinhas

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A minha doce Marquinhas.
A Marquinhas, tem agora 15 anos e  mantem a pose e a elegância próprias de uma verdadeira senhora.
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É ela quem impõe as regras.Quando quer alguma coisa, não se cala enquanto não é atendida.
Todos a respeitam. Tem sempre a ultima palavra.


Mais sobre a Marquinhas.



Sandula

 
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A Sandula foi abandonada quando se encontrava com o cio. Estava tão assustada que não permitia que ninguém se aproximasse dela, pondo-se em fuga, mesmo estando esfomeada. Foi preciso muita paciência e insistência para que finalmente permitisse os meus cuidados.
Estava grávida, quando foi esterilizada e penso  que com isto infelizmente provoquei-lhe mais um trauma. Após a operação, ela não parava de farejar a própria urina e sinto que sofria por já não ter o seu bebe.
Antes do abandono, deve ter sofrido os piores maus tratos, pois já lá vão 14 anos desde que a adoptei e ainda tem muitos traumas. Devo ter cuidado com barulhos e limpezas. Tudo lhe provoca pânico.
 
 
 
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Tem agora 14 ou 15 anos. Está a ficar velhota, mas continua a ter toda a paciência do mundo com a Set que não tem o mínimo  respeito pela sua idade. Ocupa sempre o espaço da Sandula , tirando-lhe todo o conforto.  Ela apenas reclama com gemidos e sons que mais parecem saírem de um apito, como que a dizer-me: por favor tira esta chata de cima de mim.
É uma verdadeira senhora. Fazia tudo para passar despercebida, mas agora faz questão de dar nas vistas.