Diz a Bíblia: Quem tem um amigo tem um tesouro. Tu Gorby, foste o amigo e tesouro dos teus donos. Deixaste um grande vazio. Eu fui testemunha dos cuidados e carinhos com que sempre foste tratado. Nada te faltava. Bem ajam os donos que tiveste. Foram um verdadeiro exemplo de amor e dedicação para contigo.
A ADOPÇÂO
Tu vieste até nós, como muitos dos teus irmãos de quatro patas chegam a outras famílias…
Num dia de Julho de 1995, estava a família no Vale da Telha em Aljezur, passando férias quando vieram mostrar-te por entre as grades do jardim. Alguém se queria ver livre de ti a qualquer preço.
Tu eras uma bolinha de pelo preto, que cabia na palma da nossa mão, desaparecias facilmente dentro de qualquer coisa.
Não foi só o teu tamanho minúsculo que acabou por cativar nosso coração, mas sim os teus olhos meigos, pedindo… adoptem-me! A tua meiguice a tentar dar aquelas lambidelas furtivas, como querendo pedir, para te aceitarem… para te deixarem fazer laços, para ficar entre nós, fez com que não conseguíssemos resistir ao teu encanto.
Eras demasiado bebé para seres tirado tão bruscamente da tua mãe. Antes de vos separarem, deveria ter sido com ela, que deverias ter obtido o ensinamento de sobrevivência. Não tiveste tempo de aprender nada… pois mal abrias os olhos quando vieste para perto de nós.
OS LAÇOS CRIADOS
Para nós, passaste a ser “ o nosso filho de quatro patas”. Era assim que nós falávamos de ti para as outras pessoas, porque era assim que o sentíamos. Deixamos de ter dois, para passarem a ser três filhos.
Pacientemente esperamos pela tua adaptação. Com muito carinho, tornaste-te um cão feliz , passando a ser o “ai Jesus de todos nós”.
Muito tinha para dizer em relação a ti… meu grande amigo… minha grande paixão… Foi muito gratificante ter vivido quase durante 15 anos na tua companhia.
OS TEUS SENTIMENTOS
Estiveste sempre ao nosso lado nos bons e nos maus momentos. Tu ficavas em silêncio, pondo a pata no nosso colo, dando-nos lambidelas, na altura certa… nos momentos tristes, assim como davas pulos e latidos de alegria, quando estávamos contentes.
A tua cumplicidade, o teu companheirismo, nunca nos foi indiferente. Ias sempre ao nosso lado durante as viagens, comportavas-te sempre de uma forma exemplar, de tal modo, que fez de ti um companheirão ideal, que nos tirou a coragem de ir para onde quer que fosse sem ti.
Foi muito bom ter-te entre nós meu fiel amigo…e por isso te estamos eternamente gratos. Obrigada pelos sentimentos que deixaste dentro de nós. Contigo nós vivemos um turbilhão de emoções. Tu nos deste momentos de alegria, de gratidão, de humildade, de lealdade, de carácter, de reflexão, de surpresa, de preocupação também.
Tu não calculas as lições de afecto que aprendemos contigo. O amor incondicional que tinhas por todos nós, ajudou-nos a ter por ti um grande amor, o maior respeito e consideração.
A TUA DOENÇA
No ultimo ano e meio da tua vida foi muito difícil para todos nós. Começamos a viver exclusivamente em prol do teu bem estar, a nossa vida de manhã até à noite, estava concentrada só em ti.. As nossas noites eram igualmente difíceis pois acordávamos de duas em duas horas para te dar água, aconchegar o teu já frágil corpo doente, passear contigo pela casa etc.
Todos os teus medicamentos eram extremamente caros, mas nunca te faltou nada, tu eras a nossa prioridade. O teu mal não tinha cura… era velhice… falta de forças primeiro nas pernas … por ultimo no corpo todo.
Também ouvimos muitas vezes as pessoas dizerem, “é apenas um cão”, e eu respondia “não se matam as pessoas só porque têm dificuldade em andar”. Para nós tu eras único, e por isso nós só queríamos que tu tivesses mais um tempo entre nós. Não nos queixamos, pois faríamos tudo de novo, para te termos connosco outra vez.
A TUA PARTIDA
Foi muito complicado conseguirmos ter coragem, para deixar partir um amigo tão especial como tu… Foi a decisão mais difícil das nossas vidas... Foi um desgosto muito grande… ficaram muitos soluços entalados na garganta… o vazio que deixaste para sempre ninguém preencherá!
Fiquei em paz, eu não te queria abandonar meu amigo, na hora mais triste da tua vida. Seria a ultima coisa que eu iria fazer por ti, depois de tudo o que nos deste ao longo dos teus quase 15 anos de vida. Deus deu-me coragem para te deixar “adormecer tranquilamente” para sempre… num abraço…muito apertado… que nunca esquecerei…
Nasceste no Vale da telha em Aljezur, segundo nos disseram a 01 de Junho de 1995 e partiste para sempre em Corroios, numa 5ª feira dia 25 de Março de 2010, pelas 13,00.
Meu grande amigo… talvez um dia, quem sabe… nos voltemos a encontrar!
Olá Amiga de dois pés!
ResponderEliminarAo relembrar o Gorby,senti na realidade, o grande amor que dedicaste ao teu grande amigo.
Fica sempre uma grande dor quando se perde um SER que amamos.
Parabéns pelo teu texto.
Beijokas
Estou a recordar um fim de ano,em tua casa no Vale da Telha, em que todos éramos amigos e que o Gorby antecipou-se a nós ao jantar e começou a comer a bifanas, foi uma das gracinhas dele quando era bebé.
Maravilhoso....lamento por ti.....Beijos
ResponderEliminarAdorei o Gorby.
ResponderEliminarGostei muito da homenagem feita quer por ti, quer pela tua amiga ao Gorby.
ResponderEliminarJá não me lembrava dele em pequenino. era muito bonito.
Ainda bem que há pessoas que tratam bem os animais, mas secalhar há mais a tratarem mal, abandonando-os à sua sorte. Que alguém os acolha. felizes aqueles que encontram pessoas como vocês.
Beijos
Isabel Milhinhos
Um grande Cão, um grande Amigo, um Grande Irmão!
ResponderEliminar