16 setembro 2013

Comunicado do Grupo de Voluntários no Canil/Gatil Municipal do Seixal

 

É com enorme tristeza que o Grupo de Voluntários no Canil/Gatil Municipal do Seixal informa que a sua atividade no interior do referido canil está, desde o passado dia 03/09/2013, condicionada. Tal deve-se a uma decisão unilateral tomada pela Direção Técnica,  da qual resultou a nossa ida à última Sessão de Câmara, solicitar aos responsáveis da CMS uma clarificação.

Para que melhor se possa entender a gravidade do que se passa, importa referir que existe um contrato-programa assinado pelo Sr. Presidente da Câmara,  Dr. Alfredo Monteiro, e pela Presidente do Grupo de Voluntários,  Dra. Cristina Ferreira, a vincular ambas as partes, a C.M.S. e o Grupo de Voluntários respetivamente, e que está, em virtude da tomada de posição da Direção Técnica, a ser incumprido. Desde logo porque na falta de um regulamento interno, exigido ao Canil/Gatil municipal pelo referido contrato-programa, prevalece um regulamento pessoal, feito em Julho deste ano (que mais não é do que um e-mail enviado à Presidente do Grupo de Voluntários) elaborado pela Direção Técnica e no qual também constam algumas ameaças. No passado dia 3 de Setembro foi imposto aos voluntários  a necessidade de assinar um papel não timbrado, não-oficial portanto, com os seus dados pessoais (nomeadamente a menores) cuja finalidade se desconhece, pois, a cada pessoa é dada uma explicação diferente. Note-se, no entanto, que mesmo num caso flagrante como este último, os voluntários, motivados pela missão que assumiram de zelar pelo bem-estar dos animais do Canil/Gatil, assinaram o referido papel e sujeitaram-se a disponibilizar os seus dados pessoais.

O que está na origem da tomada de posição da Direção Técnica não são as más-práticas dos voluntários, como pretendem fazer crer, mas precisamente o oposto, isto é, a denúncia por parte do Grupo de Voluntários de más práticas veterinárias. Tais denúncias, que fique bem claro, têm sustentação nalguns casos em relatórios clínicos elaborados por veterinários independentes, noutras em observação direta e também fundamentada de más-práticas e das quais sempre solicitámos respostas à Direção Técnica que, quando surgiam, se mostravam  atabalhoadas e inconclusivas. Um excelente exemplo dessas más práticas é o caso da cadela Branquinha, adotada quase morta de desnutrição e de imediato internada em clínica privada.

Não queremos deixar de transmitir a quem segue e apoia o nosso trabalho que tudo temos feito para solucionar o problema. Se nada dissemos até aqui foi única e exclusivamente por entendermos que só atuando com discrição poderíamos salvaguardar os interesses dos animais, que é sempre a nossa prioridade. Fazêmo-lo agora porque começa a ser manifesto o desinteresse que este tema merece às pessoas com responsabilidade, as quais ignoram as condicionantes do voluntariado (que  a muitos prejudica pessoalmente) e, acima de tudo, porque não devemos continuar a alimentar o embuste da excelência do Canil/Gatil Municipal.

Contamos com a compreensão de todos,

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