11 junho 2011

Introspecção




Introspeção


Por caminhos sem abrolhos

Muitos amigos à mesa

Acarinham nossos olhos

Neste quadro sem tristeza

Mas quando o próprio destino

Nos arrasta na desgraça

Todo esse amor interino

Se transforma em vil fumaça

Um cão em seu deambular

Sem afirmar altruísmo

Simplifica o verbo amar

Por ausência de egoísmo

Confesso sem estar ufano

Por profunda introspeção

Desvendado o ser humano

Se agiganta um pobre cão.


António Joaquim Gouveia Moura

Sem comentários:

Enviar um comentário