19 janeiro 2017

«SERMÃO DE PAZ PARA OS ANIMAIS»


Publico este texto sublime “dedicando-o” àqueles que se dizem católicos, e vão a todas as missas, confessam-se, comungam, rodeiam os templos, andam sempre com a palavra “Deus” na ponta da língua, mas nada sabem de Cristianismo, de misericórdia, de piedade, de compaixão, de humanidade, e agem como os carrascos que cruxificaram Jesus Cristo.

“Dedico-o” aos que dizem ser representantes de Deus na Terra, mas não têm o “toque divino” para poderem proferir um sermão de paz como este, proferido a 22 de Dezembro de 2014, em Amsterdam, por Hans Bouma.

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Hans Bouma (pastor e poeta, Amsterdam, Maarten Lutherkerk)

No que respeita à relação entre animal humano e animal não humano - especialmente os animais moralmente excluídos, humilhados e escravizados - a inevitável pergunta que se coloca é: que tipo de homem queres tu ser, e até onde vai a tua humanidade?

No decurso da história, seguramente temos progredido no nosso caminho humano, de respeito e compaixão para com os outros seres. Nós expandimos o sentido das nossas responsabilidades e percebemos que, como seres humanos, formamos uma comunidade global. Os maiores exemplos da evolução da nossa consciência ética são a Amnistia Internacional e Médicos Sem Fronteiras.

Embora estes organismos sejam, certamente, dignos de reconhecimento, não são ainda o nosso objectivo final. Até agora a preocupação deles tem sido as pessoas, os seus semelhantes, os representantes da mesma espécie. Mas os animais estão também aqui. É claro que eles não pertencem a nossa espécie, mas isso não é motivo para excluí-los da nossa moralidade. Eles também participam do mistério chamado “Vida”.

Que tipo de homem queres tu ser? Segues o caminho escolhido do respeito e da compaixão? O caminho para o moralmente correcto, mas ainda ignorando os animais não humanos? Interpretarás a humanidade tão generosamente para nela incluíres os animais não humanos?

O próximo passo é mais difícil: a etapa do companheiro humano ao companheiro creaturety (uma palavra que inventei) criaturidade; mas o que podemos fazer se a língua ou a cultura nos falha, neste ponto? Se nós não dermos este passo, se não dermos ao animal não humano nenhum lugar na nossa agenda moral, então seguramente estaremos a ser incoerentes. Então teremos de falar de uma humanidade degradada e, consequentemente, desonesta e incredível. Nós chamamos a isso, discriminação.

O próximo passo.

Se tu és humano, por favor, sê benévolo, sê homem ou mulher plenamente. Se valores como a justiça, a compaixão, a solidariedade, o respeito e amor tiverem apenas significado para a espécie humana, então pouco ou nada compreendemos do mundo. Estes valores são de natureza universal e devem, portanto, ser aplicados universalmente e não restritamente à nossa própria espécie.

Que tipo de homem queres tu ser? Podes dizer que apenas um arrogante sentimento de superioridade pode levar-te a manter os animais fora da ética. Mas é diferente. As pessoas que se recusam a dar o próximo passo têm uma baixa auto-estima e estão sujeitas a sentimentos pungentes de inferioridade.

Que tipo de homem poderias tu ser? Poderias ser tão maravilhoso, porque tens tudo para tratares todos os seres viventes com respeito e compaixão. Se ficares preso ao desenvolvimento da tua humanidade, mantendo os animais não humanos fora do teu horizonte moral, então vendes-te barato, vivendo claramente abaixo do teu nível. É isso que queres?

É irracional dizerem às pessoas que defendem os animais que ao defendê-los estão a trair os da própria espécie. Mas se eu excluísse os animais não humanos da minha humanidade, aí sim, estaria a trair-me a mim próprio e a abandonar-me. Então estaria a agredir a minha própria humanidade.

O próximo passo.

É uma questão de pertença, uma crescente consciência de afinidade. Os animais não humanos começam a fazer parte da tua família, parte da tua vida. Estas são expressões preciosas do mesmo mistério que te envolve na tua própria maneira de ser. E tu não comes a tua família, nem fazes experiências com ela. E Família é o que tu respeitas, o que tu valorizas e o que tu amas.

União e afinidade. Além de acontecer entre as pessoas, as situações de reconhecimento mútuo podem desenvolver-se entre um ser humano e um ser não humano. Aquilo que o filósofo judeu Martin Buber chama: «Eu e Tu». É possível um diálogo íntimo entre um ser humano e um ser não humano. «Os olhos de um animal», escreveu Buber, "têm uma imensa força comunicativa». Uma vez que sejas capaz de ser sensível à linguagem dos olhos dos animais não humanos, o teu mundo torna-se cada vez mais rico. O quanto poderás ver, ouvir e partilhar!

É comovente, ou de cortar o coração, quando olhas nos olhos dos animais encerrados num laboratório, ou nos olhos de um animal num matadouro.

Eu tive oportunidade de olhar nesses olhos, de entender a linguagem deles, e fiquei destroçado. Aquela «imensa força comunicativa» foi a de uma queixa, de uma acusação. Por que estás a fazer isto connosco? O que deu em ti? Que tipo de pessoa és tu?

Está longe de mim minimizar o sofrimento das pessoas, mas também penso no sofrimento dos animais não humanos. O sofrimento deles tem uma profundidade, uma dimensão desconhecida para nós. Quando sofremos, podemos tirar proveito de todos os tipos de escapes culturais, sociais e religiosos. Nós temos a bênção da fuga espiritual. Nós podemos dar ao nosso sofrimento um sentido, situá-lo numa qualquer perspectiva, sublimá-lo ou transcendê-lo.

Temos inúmeras maneiras de aliviar o nosso sofrimento. Só o facto de podermos verbalizá-lo é já um privilégio.

Mas os animais não humanos não têm palavras para o sofrimento. Eles não conseguem verbalizar o seu sofrimento. Nunca poderemos explicar aos animais que são maltratados pela indústria ou laboratórios o motivo por que eles estão a sofrer.

Eles nunca entenderão os nossos argumentos e desculpas. Eles enfrentam o mistério de um tempo de vida ou de morte sem o mínimo sentido. Numa interminável tristeza, sem esperança que se funda com o sofrimento que os deprime. Eles vivem num grotesco inferno.

Tu não tens de ser um crente para defender vigorosamente o direito dos animais não humanos de serem criaturas com um valor absoluto. A partir do simples ponto de vista da tua humanidade tens todos os motivos para agir. Se és religioso, se és cristão, judeu, muçulmano, hindu ou budista, então tens uma razão acrescida para incluir os animais não humanos na tua consciência ética.

Sejam quais forem as suas diferenças, todas as religiões assumem que a Terra teve uma origem divina. Concebida por um criador, um Deus muito criativo. Um Deus que é tão poderoso e generoso que se deu a conhecer na realidade física deste planeta. O facto de que a Terra é uma criação divina dá-lhe uma característica particular. Tudo e todos têm o seu próprio propósito e o seu próprio segredo. Quer se trate de uma árvore, um animal não humano ou um homem, tudo o que vive possui o seu próprio direito exclusivo de existir.

Todas as religiões estão centradas na criação de relações e fazer a ponte entre as distâncias em três direcções: horizontal, a respeito de outros seres humanos; vertical, em relação a Deus ou ao divino; e para baixo, em relação à Terra. A palavra religião deriva do latim “religare”: tem o significado de religação, uma nova ligação entre o homem e Deus. Todas as religiões são religiões de salvação.

Salvação significa o todo.

As pessoas precisam de ser reintegradas na sua relação com o mundo. O homem isolado é apenas um fragmento. Para ser completo, ele deve agregar três vertentes: os outros homens, a Terra, e Deus ou o divino.

Como lidas com as criações, com toda a vida que te foi confiada pelo Criador? Essa é a questão vital, inevitavelmente proporcionada por todas as religiões. A tua relação com a vida e a criação de Deus só é salutar se o teu relacionamento com os teus semelhantes e a Terra for ideal. Na tua benevolência para com a vida no seu todo, está o âmago da tua própria vida.

O filósofo e teólogo, músico e médico Albert Schweitzer compreendeu isto perfeitamente. A sua crença é a seguinte: «Eu sou vida que quer viver, rodeada de vida que quer viver». Ele define a religião como «o respeito pela vida posto em prática».

Para Schweitzer religião não é teoria, mas prática. Por exemplo, tu és crente com garfo e faca: comendo carne estás a comer o sofrimento. Que gosto tem isto? Durante décadas Albert trabalhou como médico na selva africana, em Lambaréné; foi um homem extremamente benevolente para com o povo, não apenas para com as pessoas, mas também para com os animais não humanos. A religião coloca-te na realidade terrena.

Um conceito-chave na tradição judaica e cristã é: êxodo, viagem. Em muitas circunstâncias, tanto os seres humanos, como os seres não humanos podem ser levados a situações de cativeiro. Eles não têm a liberdade de viver a vida como deve ser vivida, ou em relação aos não humanos, como é da natureza deles.

Pensa nos animais utilizados na indústria da carne ou em laboratórios. O êxodo em massa é um projecto de libertação, um objectivo de reabilitação moral, assente directamente nas intenções do criador. É um plano que tem um caráter intrínseco. Nada nem ninguém é excluído. Assim como as pessoas devem ser libertadas de situações desumanas, os animais não humanos devem ser libertados de situações degradantes.

Então ponha-se um fim à exploração animal na indústria, nos laboratórios e em todas as situações degradantes em que o homem os coloca. Estou a lembrar-me da morte horrível de 2/3 triliões de animais mortos anualmente pelas indústrias da pesca. Isso é terrível e repugnante.

Não só o judaísmo e o cristianismo, mas também outras religiões seguem a chamada «regra de ouro»: «Não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti». O outro pode ser um ser humano, mas também um ser não humano que, tal como tu, é um ser vivo com emoções e desejos, um ser que pode sofrer e chorar, que pode brincar e festejar. Todos carecem de bem-estar e felicidade, de desenvolvimento e harmonia que podes conceder a ti mesmo, ou a um teu semelhante, mas também a um animal não humano. Ou vice-versa: tu proteges os outros, pessoas e animais não humanos, contra tudo o que também queres ser protegido: a violência, a injustiça, a prisão, a humilhação ou a exploração.

Para os crentes, o compromisso com os animais não humanos, respeito e compaixão por tudo o que vive deve ser uma questão da maior urgência; isto deve ser nada menos do que um acto de fé. Para tudo o que te rodeia, encontras as mesmas razões para partilhar com os animais não humanos a tua humanidade.

Se a religião não te inspira a compaixão, a respeitar a vida, então ela perde toda a sua relevância. O que resta do Deus criativo quando Ele só pode ser o Deus das pessoas? Pobre Deus, esse!

Agora estamos a comemorar o Natal, a festa da paz. Mas só teremos algo para celebrar, se pudermos olhar, olhos nos olhos, além dos seres humanos, também os animais não humanos. Aqueles olhos, como diz Martin Buber, com um imenso poder comunicativo.

Mas neste momento, quantos animais – e apenas para esta festa - fecham os olhos depois de uma vida que não foi mais do que um processo de morte lenta? Para eles, não houve saída, nem paz.

Agora, milhões e milhões de animais estão à nossa espera.

À espera de pessoas que também serão verdadeiramente humanas.
Religiosos ou não, nós sabemos o que temos de fazer.

A libertação dos animais não humanos.

Temos razões suficientes para o fazer.

(Traduzido da versão inglesa)

Fonte

13 janeiro 2017

Uma mensagem da Shiva...



Uma mensagem da Shiva...

O canil… lugar onde almas são destruídas e a esperança desvanece ao longos dos dias… dias esses que são tão compridos que a cada segundo que passa me parecem horas. Há barulho, humidade e um ambiente stressante. Olho à minha volta, vejo tantos como eu, muitos choram, suplicam para sair dali, outros já acostumados deitam-se num canto procurando sossego.

Hoje partilho uma história que me aconteceu há uns dias. Era domingo, dia de limpeza e um voluntário aproximou-se de mim, trazia uma maquineta na mão e fazia barulhos estranhos, olhei-lhe nos olhos e vi na cara dele um ar triste, admirado, baixou a cabeça e seguiu. Acho que chamam aquela maquineta maquina foto qualquer coisa...

Pensei cá para mim, o que será que viu? Sou só eu, continuo no mesmo sítio onde me deixaram há um ano atrás. E sim, sou eu, mas mais deprimida, chorei durante muito tempo por aqueles que me abandonaram, agora deito-me aqui, sem qualquer esperança, habituada à monotonia dos dias, a que um morador de um canil tem direito.

Tenho direito a miminhos e a comida que nunca falta e, se tiver sorte, caso apareçam voluntários em número suficiente, levam-me a passear. Nos outros dias fico confinada a poucos metros de espaço... no fundo o que estes meus bons amigos podem oferecer.

Gostava que um dia todos aqueles que abandonam animais como eu, pudessem trocar de vida com aqueles que deixaram para trás, que pelo menos num dia pudessem sentir aquilo que eu e outros sentimos.

Também gostava que todos os vendedores/criadores de animais, passassem um dia num canil, pois pode ser que vendo o olhar triste, perdido e confuso dos animais, mudem minimamente a opinião.

Odeio os meus dias, odeio que existam e odeio saber que sempre vão existir pessoas capazes de maltratar animais, a menos que vocês, as pessoas, mudem de atitude e se dêem conta das muitas vidas que são prejudicadas, deixadas no canil.

A verdade dói mas a realidade é essa. Só espero que, com este meu testemunho, alguém possa ter mudado de ideia sobre comprar ou de abandonar o seu animal num canil. Não crie ou compre cães enquanto há milhões a morrer em canis.

Shiva

10 janeiro 2017

Justa Homenagem



Durante a 1ª Guerra Mundial estima-se ter havido 10 milhões de mortos.
Nunca contaram na estimativa os 8 milhões de cavalos que foram sacrificados nesta guerra, no entanto em 1915 uma fotografia icónica feita com soldados serviu para homenagear os que caíram sem sequer saber o que era uma guerra, os que caíram para servir-nos a nós humanos. Não temos nunca noção das vidas que roubamos a seres não humanos para alimentar uma máquina só existente na nossa raça- a maldade.

07 janeiro 2017

Camara da Lousã celebra dia de Reis com abates no canil municipal



Para quem não acredita no tormento que é o canil municipal da Lousã, fica aqui um exemplo do que se passou esta semana: estava uma labradora grávida naquele espaço, em fim de tempo de gestação, e não se aperceberam, não foi sequer vista pelo veterinário, como a lei exige; a desgraçada pariu numa box no meio de 6 cadelas e os cachorros morreram todos espezinhados, torturados! Isto é bem estar animal???
A Câmara da Lousã abate cães no canil municipal, por falta de espaço,sim!!!. E porque há falta de espaço? Porque esta autarquia nada faz por isso! Porque é melhor gastar o dinheiro em futilidades do que em criar condições para melhorar o bem estar animal dos patudos do canil!
E no entanto, a 9 de junho de 2016 foi aprovado o fim do abate nos canis municipais; e a 22 de dezembro de 2016 os animais deixaram de ser considerados objetos perante a lei.
Deixo-vos a foto do Lino (Licá), um dos cães abatidos hoje. Que mal fez ele para ser condenado à pena de morte?  :(
Como disse Gandhi, "a grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais são tratados". Eis como a Lousã trata os seus!

Fonte

28 dezembro 2016

Em 2017, faça STOP a mais ninhadas. Basta de sofrimento animal

.Cartaz para divulgação

No ano que agora finda, foi aprovada  na AR  a Lei 27/2016 de 23 de Agosto que impõe a esterilização como alternativa ao abate praticado nos canis municipais
As Câmaras Municipais são agora obrigadas a esterilizar os animais que dão em adopção e os que estão nos canis e a implementar o programa CED  ( captura-esterilização-devolução) para gatos de rua. Para reduzir a população de cães e gatos abandonados e pôr termo aos abates em 2018,  as Câmaras devem também esterilizar os animais de munícipes carenciados. De facto as ninhadas domésticas, ou seja as que são provenientes de animais com dono, são a principal fonte dos animais que são lançados na rua. Pelos próprios donos das cadelas ou por adoptantes irresponsáveis e criminosos que aos primeiros contratempos se desfazem dos animais que os encantaram enquanto eram “fofinhos” .
Os protectores e amigos dos animais têm duas importante missões em 2017 :
1º – pressionar as Câmaras para executarem a Lei 27/2016. No site da Campanha de Esterilização de Animais Abandonados há dois posts que podem ajudar nessa tarefa :
https://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/2016/08/26/lei-do-fim-dos-abates-nos-canis-a-parte-que-nos-cabe-fazer-junto-das-autarquias-i/
https://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/2016/09/04/parte-ii-apresentacao-da-lei-272016-aos-orgaos-autarquicos/ 
2º – assumirem eles próprios um comportamento de critica, no facebook e sites, aos comportamentos laxistas que permitem ou incentivam a reprodução de animais de companhia e que recusam por principio a esterilização de fêmeas grávidas e de ajuda e encaminhamento  a quem pretende esterilizar e não tem meios financeiros para isso.
Em 2017 sejamos os agentes da mudança de que os cães e gatos precisam. A mudança está agora ao nosso alcance, mas se não agirmos de forma consequente e persistente tudo continuará igual.

Fonte

08 dezembro 2016

Fénix a renascida


Querida pombinha

Há alguns dias que via que estavas doente. Tentava apanhar-te para tratar de ti mas sem êxito. Até que um dia, para grande espanto meu, encontrei-te à minha porta. Estavas muito fraquinha.

Quando te vi, lembrei-me que uma vez tratei uma pombinha que tal como tu, apresentava os mesmos sintoma. Para grande tristeza minha, não consegui salvá-lo. Pensei então que contigo seria diferente. Pesquisei e encontrei uma ajuda preciosa. Ficarei eternamente grata pelo apoio, conselhos, recomendações e sensatez, de alguém que tal como eu ama a natureza, animais e particularmente os da tua espécie. Jamais esquecerei, que este alguém veio de longe, trazer o remédio que poderia salvar-te.

Há mais de um mês que estás comigo. Quando eu pensava que ias ficar boa, passado alguns dias tinhas uma recaída. Quando melhoravas ficavas agressiva e querias a todo os custo ir embora mas eu não permitia. Não só queria ver-te 100% melhor, como receava, que com a tua doença pudesses contagiar os teus amigos e familiares.

Se muitas vezes errei, perdoa querida pombinha, apenas queria o teu bem, e dos teus amigos. Cada dia que passava, mais me afeiçoava a ti. Quando estavas pior, tapava-te com a tua mantinha e ficavas bem aconchegada a mim. Percebi que gostavas, e passei a fazer isto mesmo quando apresentavas melhoras e ficavas irrequieta, desta forma tu acalmavas e perdoavas-me.


O teu lugar predilecto era a nossa varanda. Através dos vidros vias o céu os teus familiares, amigos e amigas. Quanta pena tinha de ti, quando a todo o custo querias ir ter com eles. Com toda a razão zangavas-te comigo. Perdoa meu anjo só queria o teu bem.

Que boa era a tua companhia. Adorava ver-te empoleirada no poleiro da caixa que propositadamente comprei para ti, sobre o meu frigorífico, ou simplesmente a meu lado.

Quando eu pensei estares quase melhor, e livre de perigo, pois já comias os grãos pequeninos que punha para ti e bebias água eis que voltas a ter outra recaída.

Desta vez percebi que era mais grave que as anteriores. Voltei a preparar a tua papinha que tão bem te fez nos primeiros dias que estiveste comigo. Lembro-me que em poucos dias, ficaste com as penas a brilhar. Para espanto meu, vomitavas o alimento que te dava. Pior ainda foi quando foste atacada de espasmos e perdeste o equilíbrio. Lembrei-me então que o mesmo aconteceu com a pombinha que te antecedeu e que não consegui salvar.

Durante dois dias e duas noites sofreste o pior dos horrores. Pensei então que podia acabar com o teu sofrimento.

Tomei então a decisão de te adormecer. E tu adormeceste. Durante 4 horas, fiquei a ver-te dormir, na esperança que o teu sono te levasse deste mundo onde existe tanta maldade e crueldade, principalmente com os da tua espécie. Mas tu quiseste ficar. Sim, tu voltaste para mim e desta vez sem convulsões, sem perda de equilíbrio e sem vómitos.

Preparei então a tua papinha. Desta vez com algumas proteínas. Comeste e não vomitaste. Como fiquei feliz... Tinhas ainda um problema de saude muito grande: crostas enormes envolviam o teu bico, dificultando a respiração. Também tinhas a garganta muito inflamada. Resolvi então preparar vapores de bicarbonato para inalares. (Pensei: faz-me bem a mim, também há-de fazer bem a ti) No dia seguinte estavas muito melhor. A conselho da senhora que acompanhou a tua saúde, usei também mercúrio-cromo para as crostas do bico. Dois dias depois estas crostas caíram. Durante uma semana fiz o tratamento com o bicarbonato e a tua garganta já está quase boa.

Ainda não comes sozinha, mas agora tenho a certeza que ficarás comigo. Farei o possível para que sejas feliz.

Por teres renascido, passei a chamar-te FENIX

09 novembro 2016

Para quem o abandonou

Não, ele não foi adoptado por ninguém. Aqui, a maioria das pessoas já têm vários cães; e aqueles que não têm nenhum, simplesmente não querem um cão. Eu sei que esperavas que ele encontrasse um bom lar quando o deixaste aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e coxeava por causa de um ferimento na pata.
Eu queria tanto ser tu, naquele momento em que parei em frente a ele, para ver a sua cauda a abanar e os seus olhos a brilhar ao pular nos teus braços, pois ele sabia que o irias encontrar, sabia que não te esquecerias dele. Para ver o perdão nos seus olhos pelo sofrimento e pela dor pelos quais ele havia passado na sua jornada sem fim à tua procura... Mas eu, não eras tu. E,   apesar das minhas tentativas para o convencer a aproximar-se, os seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim e por isso não se aproximava.
Em vez disso, virou as costas e seguiu o seu caminho, pois tinha a certeza que esse caminho o levaria a ti. Ele não entende que tu não estas à procura dele. Ele só sabe que tu não estas lá, sabe apenas que precisa de te encontrar. Isso é mais importante do que a comida, a água ou do que um estranho que lhe pode dar todas essas coisas. Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo.  Nem o seu nome eu sei. Fui para casa, enchi um balde de água e uma vasilha de comida e voltei ao lugar onde o tinha encontrado. Não havia sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele tinha buscado abrigo do sol e um pouco de descanso.
Vê bem, ele não é um cão selvagem,  ao domesticá-lo, tiraste-lhe o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa de caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa de te encontrar.
-Aguardei, na esperança de que ele voltasse para buscar abrigo sob a mesma árvore, na esperança de que a água e a comida que tinha trazido fizessem com que ele confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, e tratar da sua pata ferida, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que tu já não fazias parte da sua vida. Ele não voltou naquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intactas.
-Fiquei preocupada. Tu deves saber que poucas seriam as pessoas que tentariam ajudar o teu cão. Algumas enxotá-lo-iam, outras chamariam o pessoal do canil que lhe daria o destino do qual tu achaste que o estavas a salvar - depois de dias de sofrimento sem água ou comida. Voltei ao local antes do anoitecer. Não o encontrei.
-Na manhã seguinte voltei, e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah… se tu estivesses aqui para chamar o seu nome! A tua voz é tão familiar para ele.
Sem muita esperança, comecei a andar na direcção que ele tinha tomado ontem. Ele estava tão desesperado para te  encontrar que seria capaz de caminhar muitos quilómetros em menos de um dia.
Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o tinha visto pela primeira vez, finalmente encontrei o teu cão. A sede não o atormentava mais, a sua fome tinha desaparecido e as suas dores haviam passado. O ferimento da pata já não o incomodava mais. Agora o teu cão estava finalmente livre de todo esse sofrimento.




O teu cão morreu…


Autor desconhecido

08 setembro 2016

Para ti Cassiana


Para ti Cassiana.
Trouxeram-te até mim, eras ainda bebé. Tinhas sido tirada da boca de um cão. Estavas muito ferida e magoada. Foi a primeira vez que criei e tratei um pombo. Desculpa os erros que cometi contigo. Não te acarinhei como merecias, deixando-te sozinha numa caixa de cartão durante a tua infância. Talvez por isso te tornaste tão rabugenta, e eu não te compreendi. Adorava ver-te zangada e provocava-te a toda a hora. Desculpa afinal sou humana... e ainda estou a aprender a ser melhor, com seres como tu. Percebi que te tinhas tornado adulta, quando o teu piar de bebé deixou de se ouvir e começaste a arrulhar. Foi então que vi, que devias ser um rapaz e não uma menina, mas continuaste a ser a Cassiana a minha Cassiana. Passei a fazer grandes passeios contigo na esperança de te ver voar, e seres um pombo como tantos outros.


 Infelizmente tal não aconteceu. Nunca usastes as asas para voar, e sim para mostrares que eras dona e senhora do espaço que consideravas teu e só teu batendo-as com toda a força no chão.Sempre coxeaste de uma pata, e que graça tinhas quando davas os teus passeios comigo e com os teus irmãos cães. Lembro-me que tinha a sensação que eles se riam de ti quando ficavas para traz, excepto a velha Sandula, (que creio estar contigo agora), que sempre esperou por ti.


O tempo passou: meses anos e todos os dias me surpreendias. Passaste a ser a líder cá de casa. Cães e gatos todos te respeitavam e admiravam. Quando alguem desconhecido entrava, tu atacavas, guardando o espaço que era nosso. Sete anos, foi o tempo que estiveste comigo. Talvez mais sete anos ficarias, se não tivesses sido assassinada por alguem que odeia pombos. Pior ainda, foste assassinada a dois metros de mim, num parque de estacionamento. Nunca pensei que depois do nosso passeio no parque do costume, ao dirigirmo-nos para o banco do jardim, e ao atravessar a estrada que tantas vezes atravessamos alguem te fizesse mal. Como sempre eras sempre a ultima da fila. Os teus amigos cães já estavam a relaxar à sombra da árvore onde tantas vezes também relaxaste com as tuas asas esticadas.Estavas a dois metros de mim e eu à tua espera quando uma assassina, resolveu acelerar o carro, sair da faixa de rodagem e atropelar-te. Não queria acreditar que tal fosse possível. Tu sabes que jamais iria pôr a tua vida em perigo que tão preciosa era para mim . Corri para ti, na esperança que estivesses viva, e sim estavas viva quando peguei em ti, mas partiste assim que peguei em ti. Não quiseste partir, sem uma vez mais sentires o calor das minhas mãos, mãos essas que tantas vezes tu bicaste quando eu te queria acarinhar. Incrédula gritei bem alto: ASSASSINA, mas depois, logo fui insultada de tudo, por te ter, por te amar. e por fazeres parte da minha família. Os teus amigos cães, também ficaram tristes, lamberam-te e juntos e a chorar fizemos o teu funeral. Naquele momento, senti ter chegado a hora de usares as tuas asas. Imaginei que pairaste sobre nós, poisaste no meu ombro e depois partiste, livre e feliz. Quero acreditar que habitas um lugar onde apenas existem boas energias, que estás com os teus irmãos cães e gatos,que partiram antes e depois de ti. Usas as tuas asas e tens muitos amigos como tu. Acredito também que um dia estarei contigo e com todos os outros, que durante a sua passagem por aqui, tanto me deram. Até um dia minha querida pombinha. O teu lugar que com tanto brio tu guardavas está vazio. A tua fotografia está à entrada da nossa casa, para quem entrar ficar a saber que aqui viveu uma pomba: a pomba Cassiana. Até um dia querida amiga.











25 agosto 2016

Publicada lei que PROÍBE O ABATE DE ANIMAIS errantes como forma de controlo da população!


Foi hoje publicada em Diário da República a Lei n.º 27/2016, de 23 de agosto, que aprova medidas para a criação de uma rede de centros de recolha oficial de animais e estabelece a proibição do abate de animais errantes como forma de controlo da população.

Este importante diploma vem estabelecer um quadro de deveres do Estado, nomeadamente:

- Assegurar a integração de preocupações com o bem -estar animal no âmbito da Educação Ambiental, desde o 1.º Ciclo do Ensino Básico;

- Assegurar, em conjunto com o movimento associativo e as organizações não -governamentais de ambiente e de proteção animal, a dinamização anual no território nacional de campanhas de sensibilização para o respeito e a proteção dos animais e contra o abandono;

- Que os organismos da administração central do Estado responsáveis pela proteção, bem -estar e sanidade animal, em colaboração com as autarquias locais, o movimento associativo e as organizações não -governamentais de ambiente e de proteção animal, devem promover campanhas de esterilização de animais errantes e de adoção de animais abandonados;

- Que, em colaboração com as autarquias locais, devem promover a criação de uma rede de centros de recolha oficial de animais que deve responder às necessidades de construção e modernização destas estruturas, com vista à sua melhoria global, dando prioridade às instalações e meios mais degradados, obsoletos ou insuficientes.

A aludida Lei prevê uma alteração no prazo para que os animais acolhidos nos CRO possam ser reclamados, que passa a ser de 15 dias, findo o qual o animal presume-se abandonado, devendo ser esterilizado e encaminhado para adopção.

Entre outras obrigações, o diploma estabelece também, o dever dos centros de recolha oficial de animais procederem à captura, vacinação e esterilização dos animais errantes sempre que necessário, assim como a concretização de programas captura, esterilização, devolução (CED) para gatos e ainda, a divulgação dos animais que existem para adopção através de plataforma informática.

O diploma vai ainda ser regulamentado no prazo de 90 dias pelas entidades previstas no seu artigo 6.º, a saber, Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Associação Nacional de Freguesias, a Ordem dos Médicos Veterinários e a Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios.

A Lei em apreço entra em vigor no prazo de 30 dias a contar da sua publicação, ressalvado o período transitório previsto no seu artigo 5.º, que estabelece que os centros de recolha oficial de animais dispõem do prazo de dois anos, a contar da data de entrada em vigor da presente lei, para proceder à implementação da proibição do abate (nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 3.º) e do prazo de um ano, também a contar da data de entrada em vigor da presente lei, para implementar as condições técnicas para a realização da esterilização, nos termos legais e regulamentares previstos.

Até 31 de maio do ano civil seguinte ao primeiro ano da data de entrada em vigor da presente lei, o membro do Governo que tutela a Direção -Geral de Alimentação e Veterinária apresenta à comissão parlamentar competente, o relatório anual sobre a situação ao nível nacional.

Apesar do longo caminho que Portugal tem ainda a percorrer em matéria de protecção animal, este é sem dúvida um grande passo para dignificar a forma como os animais são tratados no nosso país!

O diploma encontra-se disponível para consulta em: https://dre.pt/application/conteudo/75170435

Fonte

15 agosto 2016

Lista de Associações

 

Distrito de Aveiro

Águeda
Associação dos Amigos dos Animais de Águeda

Albergaria-a-Velha
Associação dos Amigos do Animais de Albergaria-a-Velha

Anadia
ASADIA – Associação de Solidariedade Animal de Anadia
Associação Quatro Patas e Focinhos

Arouca
S.O.S. ANIAROUCA – Associação de Animais de Arouca

Aveiro
AFECTU – Associação dos Felinos e Caninos Todos Unidos
Associação Gato de Rua
APAAA – Associação de Protecção dos Animais Abandonados de Aveiro (Perdidos e Achados)
PRAVI – Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas: Núcleo de Aveiro

Espinho
Bobby e Companhia – Associação dos Amigos dos Animais de Espinho
Patinhas Sem Lar – Associação de Protecção dos Animais
Vicente, o Corvo – Associação de Protecção dos Animais

Oliveira de Azeméis
Patinhas e Patudos – Associação dos Amigos dos Animais de Oliveira de Azeméis

Ovar
APADO – Associação Protectora de Animais Domésticos de Ovar
ASA – Associação Solidariedade Animal
MARAnimais – Movimento de Apoio e Reinserção de Animais

Santa Maria da Feira
AANIFEIRA – Associação dos Amigos dos Animais de Santa Maria da Feira
VerdeCerto – Associação de Protecção Animal

São João da Madeira
Ani São João – Associação dos Amigos dos Animais de São João da Madeira

Vagos
Gaticão – Associação dos Amigos dos Animais Abandonados

Vale de Cambra
Patinhas – Associação dos Amigos dos Animais de Vale de Cambra

Distrito de Beja

Beja
Associação Cantinho dos Animais de Beja

Castro Verde
Associação Canil e Gatil "Os Rafeiritos do Alentejo"

Moura
Associação S.O.S. dos Animais

Ourique
Cães Sem Dono – Associação de Protecção dos Cães Abandonados

Distrito de Braga

Amares
Animalegre – Associação de Protecção Animal de Amares

Barcelos
Associação Projecto Animais de Barcelos

Braga
Abandoned Pets, Associação Pela Dignidade Animal – SOS Adopta
ABRA – Associação Bracarense Amigos dos Animais

Celorico de Basto
Refúgio Certo – Associação de Protecção de Animais

Esposende
Amigos dos Patudos de Esposende – Associação Pela Dignificação dos Animais e das Pessoas, A.P.E.
ANIESP – Associação Animal de Esposende

Fafe
Associação de Defesa dos Direitos dos Animais e Floresta

Guimarães
Sociedade Protectora dos Animais

Póvoa de Lanhoso
Clube de Adopção e Protecção de Animais

Vieira do Minho
Associação das Patinhas Abandonadas de Vieira

Vila Nova de Famalicão
Parque da Terra Nova

Vila Verde
Associação Para Defesa dos Animais e Ambiente de Vila Verde

Vizela
Coração Azul – Associação Juvenil de Apoio aos Animais

Distrito de Bragança

Bragança
Associação Amicus Canis – AMICA
ABPA – Associação Brigantina de Protecção aos Animais

Mirandela
AMPA – Associação Mirandelense de Protecção Animal

Distrito de Castelo Branco

Castelo Branco
APAAE – Associação de Protecção e Apoio ao Animal Errante

Covilhã
Instinto – Associação Protetora de Animais da Covilhã

Distrito de Coimbra

Coimbra
Associação Agir Pelos Animais
Grupo Gatos Urbanos

Figueira da Foz
APAFF – Associação de Protecção Animal da Figueira da Foz

Lousã
Louzanimales – Associação Pelos Animais da Lousã

Mira
Abrigo de Carinho – Associação Amigos dos Animais

Miranda do Corvo
Associação Centro do Cedro para Animais

Soure
Associação de Defesa dos Animais de Soure – Sourepatas

Distrito de Évora

Borba
O Refúgio – Associação dos Amigos dos Animais de Borba

Évora
Cantinho dos Animais

Montemor-o-Novo
Patolas e Patinhas – Associação dos Amigos do Canil e Gatil de Montemor-o-Novo

Vendas Novas
Associação EntrePatas

Distrito de Faro

Albufeira
Amigos dos Gatos do Algarve
PRAVI – Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas: Núcleo de Albufeira

Aljezur
AEZA – Associação Ecológica e Zoófila de Aljezur

Faro
Associação Animais de Rua – Esterilização e Protecção de Animais em Risco (Núcleo de Faro)
MAF – Movimento Pró-Animal de Faro
PRAVI – Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas: Núcleo de Faro

Lagoa
Refúgio dos Burros – Associação de Protecção aos Animais

Lagos
Cadela Carlota & Companhia – Associação de Protecção de Animais
Sociedade Protectora de Animais de Lagos (LAPS – Lagos Animal Protection Society)

Loulé
Animal Aid – Associação Protectora dos Animais (SOS Algarve Animals)
Associação dos Amigos dos Animais Abandonados de Loulé – Canil de São Francisco de Assis
Canigoldra – Associação Para Defesa e Recuperação de Animais

Olhão
ADAPO – Associação de Defesa dos Animais e Plantas de Olhão
Liga Olhanense dos Amigos dos Animais Abandonados

Portimão
ADAP – Associação de Defesa dos Animais de Portimão
Associação de Protecção Animal do Algarve
S.O.S. Animais Sem Futuro – Associação Protectora de Animais (Spikinet)

São Brás de Alportel
ADAP – Associação de Defesa dos Animais de Portimão
Coração 100 Dono – Associação de Defesa e Protecção dos Animais Abandonados

Tavira
3AT – Associação Amigos dos Animais de Tavira
ASLT-ADOTA – Associação dos Animais Santa Luzia Tavira

Vila do Bispo
Associação Bamboo – Abrigo de Animais Abandonados

Vila Real de Santo António
GUADI – Centro de Animais

Distrito da Guarda

Guarda
A Casota – Associação Guardense de Protecção de Animais
Qoasmi (Quando Os Animais São Mais Importantes) – Associação Protectora dos Animais da Guarda

Distrito de Leiria

Alcobaça
GAPA – Grupo de Amigos dos Peludinhos de Alcobaça

Bombarral
Amigo Fiel – Associação Protectora dos Animais do Bombarral

Caldas da Rainha
Associação Rede Leonardo da Vinci – Protecção Animal
CRAPAA – Caldas da Rainha – Associação Protectora dos Animais Abandonados

Figueiró dos Vinhos
Pegadas e Bigodes – Associação Amiga dos Animais

Leiria
Associação Zoófila de Leiria «Fiéis Amigos»
Desprotegidos – Associação de Animais em Risco

Marinha Grande
APAMG – Associação Protectora de Animais da Marinha Grande
Associação All2Them (Núcleo da Marinha Grande)

Nazaré
Associação All2Them (Núcleo da Praia da Nazeré)

Peniche
Associação de Protecção dos Animais de Peniche

Pombal
Ajudanimal – Associação de Defesa dos Animais de Pombal
Grupo de Socorro Animal de Portugal (SOS Animal): Núcleo de Pombal

Distrito de Lisboa

Amadora
AMIAMA – Associação dos Amigos dos Animais da Amadora
Associação Feeling Animals
Associação RafeiroSOS
Associação TIARAMA (TIARA – Tratar e Integrar os Animais de Rua da Amadora)

Azambuja
Abrigo – Associação de Protecção à Fauna e à Flora

Cadaval
APAC – Associação Protectora dos Animais do Cadaval

Cascais
APDAA – Associação Portuguesa de Direitos dos Animais e do Ambiente
Fundação São Francisco de Assis
Grupo de Voluntários
UPPA – União Para a Protecção dos Animais

Lisboa
Associação Animais de Rua – Esterilização e Protecção de Animais em Risco (Núcleo de Lisboa)
Associação Kausa Animal Portugal
Associação Zoófila Portuguesa
Focinhos e Bigodes – Associação Zoófila Para Protecção de Animais Abandonados e Ambiente
Grupo de Socorro Animal de Portugal (SOS Animal)
PRAVI – Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas: Núcleo de Lisboa
Sociedade Protectora dos Animais
União Zoófila
Zoopata – Associação de Defesa e Apoio a Animais Abandonados e Ambiente

Loures
Abrigo da Bicharada – Associação
Cantinho dos Gatos – Associação Amiga dos Animais e do Ambiente de Santa Iria

Lourinhã
Associação Projecto JAVA

Mafra
AAA – MAFRAnimal – Associação de Ajuda Animal
AdoroMimos
Associação All2Them

Odivelas
Chão dos Bichos – Associação

Oeiras
Associação Adopta-nos – Live Love and Care
Instituto Zoófilo Quinta Carbone
Missão Patas Felizes – Associação
Pé Ante Pata – Grupo de Apoio a Animais Abandonados

Sintra
Associação Animais de Rua – Esterilização e Protecção de Animais em Risco (Núcleo de Sintra)
Associação Patas Errantes
Associação Patudos Felizes
Associação de Protecção aos Cães Abandonados – APCA
NAAAS – Núcleo de Apoio a Animais Abandonados de Sintra
Entregatos – Associação de Protecção a Gatos Errante

Torres Vedras
Apanhógato – Associação de Protecção aos Gatos
Associação de Protecção Animal Os Amigos de 4 Patas
Associação Para Protecção aos Animais

Vila Franca de Xira
Associação dos Amigos dos Animais de Vila Franca de Xira
Os Xanecos, U.A.A.D.A. – União de Amigos dos Animais Desprotegidos de Alverca

Distrito de Portalegre

Elvas
Associação Amigos da Bicharada de Elvas

Ponte de Sôr
LAAPS – Liga de Amigos dos Animais de Ponte de Sôr

Distrito do Porto

Amarante
Associação Ajuda Animais em Amarante – AAAAMT

Baião
Amor Animal – Associação de Protecção Animal de Baião

Felgueiras
AAAF – Associação Amigos dos Animais de Felgueira

Gondomar
Associação Animais da Quinta
VivAnimal – Associação de Defesa dos Direitos dos Animais

Lousada
ALA – Associação Lousada Animal

Maia
Cãoviver – Associação de Protecção Animal
Cantinho do Tareco – Associação de Protecção Animal
PRAVI – Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas: Núcleo da Maia

Marco de Canaveses
Animarco – Associação dos Amigos dos Animais de Marco de Canaveses

Matosinhos
Associação MIACIS – Protecção e Integração Animal
MIDAS – Movimento Internacional Para Defesa dos Animais

Paços de Ferreira
Associação Cemtrela
Os Pecaninos – Associação Protectora dos Animais do Concelho de Paços de Ferreira

Paredes
Associação Patudos de Paredes

Porto
AAAP – Associação dos Amigos dos Animais do Porto
Associação Animais de Rua – Esterilização e Protecção de Animais em Risco
PRAVI – Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas: Núcleo do Porto
SPA – Sociedade Protectora dos Animais do Porto

Póvoa de Varzim
Associação Animais Como Nós

Santo Tirso
ASAAST – Associação dos Amigos dos Animais de Santo Tirso

Trofa
AUAUA – Associação «Um Animal, Um Amigo»

Vila do Conde
A CERCA – Abrigo dos Animais Abandonados
Associação Protectora dos Animais 4 Por 1

Vila Nova de Gaia
Associação Cantinho das Quatro Patas
De Patas Unidas – Associação de Acolhimento e Reabilitação de Animais Para Adopção
Senhores Bichinhos – Associação de Protecção aos Animais

Distrito de Santarém

Abrantes
ADACA – Associação de Defesa dos Animais do Concelho de Abrantes

Almeirim
Associação Clube dos Patolas

Cartaxo
APAAC – Associação de Protecção aos Animais Abandonados do Cartaxo
Tico & Teco – Associação de Luta e Prevenção Contra o Abandono Animal

Chamusca
Associação – Os Amigos dos Animais e do Ambiente da Chamusca

Coruche
Associação dos Amigos dos Animais de Coruche

Entroncamento
Companhia da Bicharada – Associação Protectora de Animais

Golegã
Associação Protectora dos Animais «Os Bons Amigos»

Ourém
Associação Protectora dos Animais Abandonados de Fátima

Rio Maior
ARPA – Associação Rio Maiorense de Protecção a Animais
Associação Amigos dos Animais de Rio Maior
Patinhas de Rua – Associação Riomaiorense de Protecção à Fauna e Flora

Salvaterra de Magos
Associação Vira Latas

Santarém
Associação Scalabitana de Protecção de Animais
PRAVI – Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas: Núcleo de Santarém

Tomar
APAR – Associação Protectora dos Animais da Região do Ribatejo

Torres Novas
Associação Protectora dos Animais de Torres Novas

Distrito de Setúbal

Alcácer do Sal
Focinho's – Associação de Protecção dos Animais de Alcácer

Alcochete
Alfaiate – Associação para a Defesa e Protecção dos Animais em Alcochete
"Os Canitos" – Associação Para Protecção dos Animais Abandonados

Almada
Associação "Os Amigos dos Animais"
Associação "Onde Há Gato..."
P.A.T.A.S. & Tino Portugal – Associação de Defesa Animal"

Barreiro
Associação Albergue da Toxa & Companhia – Barreiro
SOS Bicharada – Associação de Defesa Animal do Barreiro

Grândola
Associação Grandolense Os Amigos dos Animais

Moita
Associação dos Amigos dos Animais Abandonados da Moita
Azáfama ao Rubro – Associação de Protecção a Animais (Casa Amarela)

Palmela
Quintinha ABC – Associação Protectora dos Animais

Santiago do Cacém
Associação S. Francisco de Assis

Seixal
Associação dos Amigos dos Animais do Seixal
Grupo de Voluntários no Canil/Gatil Municipal do Seixal

Sesimbra
A PUCA – Associação Por Uma Causa Animal
Bianca – Associação Protecção aos Animais Sem Lar do Concelho de Sesimbra

Setúbal
Associação o Cantinho da Milú
Esperançanimal – Associação
PRAVI – Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas: Núcleo de Setúbal
Rafeiros Leais – Associação de Protecção Animal (Amigos do Ruas)
Sobreviver – Associação de Defesa Animal de Setúbal

Sines
Quatro Patas – Associação Abrigo dos Animais de Sines

Distrito de Viana do Castelo

Caminha
A Selva dos Animais Domésticos – Associação Protectora dos Animais de Caminha

Monção
Rafeiros & Companhia – Associação Protetora dos Animais Abandonados de Monção

Paredes de Coura
Acod'Animais – Associação Courense de Defesa dos Animais

Ponte de Lima
ALAAR – Associação Limiana dos Amigos dos Animais de Rua

Valença
Mimos & Ternuras – Associação de Protecção de Animais de Valença
SELVAGENIAL – Associação Protectora de Animais Abandonados

Viana do Castelo
Associação Gatos de Ninguém
Associação Vila Animal de Viana

Vila Nova de Cerveira
Patas e Patas – Associação de Defesa dos Animais de Cerveira

Distrito de Vila Real

Chaves
AAAC – Associação dos Amigos dos Animais de Chaves

Mondim de Basto
Pata Tonta – Associação de Protecção de Animais

Peso da Régua
Associação Companhia dos Animais Abandonados – Companhia dos Animais

Vila Pouca de Aguiar
ADDANTA – Associação de Defesa dos Direitos dos Animais e Natureza de Terras de Aguiar

Vila Real
Plataforma ProAnimal (Associação de Protecção Animal de Vila Real)
PRAVI – Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas: Núcleo de Vila Real

Distrito de Viseu

Cinfães
AAPARC – Associação dos Amigos e Protectores dos Animais em Risco de Cinfães

Mangualde
GRUMAPA – Grupo Mangualdense de Apoio e Protecção de Animais

Nelas
SOS Nelas – Associação de Animais em Risco

Tarouca
Associação dos Amigos dos Animais de Tarouca

Vila Nova de Paiva
Associação Amigos do Pêlo

Viseu
Cantinho dos Animais Abandonados de Viseu

Região Autónoma dos Açores

Angra do Heroísmo
Associação Amigos dos Animais da Ilha Terceira

Calheta
Amigo Animal – Associação de Defesa dos Animais da Ilha de São Jorge

Horta
AFAMA – Associação Faialense dos Amigos dos Animais

Lagoa
Associação Cantinho dos Animais dos Açores

Ponta Delgada
APA – Associação Açoriana de Protecção dos Animais
Sociedade Micaelense Protectora dos Animais

Santa Cruz da Graciosa
Associação Amigos dos Animais da Ilha Graciosa

Região Autónoma da Madeira

Funchal
Associação O Nosso Refúgio
Sociedade Protectora dos Animais Domésticos do Funchal

Porto Santo
AAMA – Associação Amigos dos Animais do Porto Santo

Santa Cruz
Associação AMAW – Madeira Animal Welfare
Associação ANIMAD
Associação PATA – Porque os Animais Também se Amam

06 agosto 2016

Religião: uma visão da Bíblia sobre os animais

Texto escrito por Aline Parkin, jornalista formada na UFRN e irmã da voluntária Regina Luizão. A ONG ComPaixão Animal não possui vínculo com nenhuma religião específica e respeita todas as crenças religiosas, bem como todos os que acreditam ou não em Deus. O texto manifesta uma manifestação pessoal da autora e atinge o objetivo por nós pretendido: propagar noções de respeito e cuidado para com os animais.
ComPaixão Animal
Agosto 31, 2012
“Que pecado!” Eu já ouvi muita gente dizer isso quando vê um animal sendo maltratado. O que talvez possa parecer apenas uma maneira de falar é, na verdade, uma afirmação corretíssima. Pecado, por definição, é uma ação que não está de acordo com a vontade ou lei moral de Deus e, na sua Palavra, a Bíblia, Ele diz claramente como deseja que os animais sejam tratados: “O justo importa-se com a vida do seu animal doméstico”, diz Provebios 12:10.
Na verdade, o assunto é tão sério do ponto de vista de Deus que, quando determinando as leis que governariam seu povo, Ele incluiu leis que garantiam que os animais seriam bem tratados. Nos tempo bíblicos, jumentos, touros e ovelhas eram os animais mais comuns e por isso algumas dessas leis se aplicavam diretamente a eles: “Não deves ver o jumento de teu irmão ou seu touro cair na estrada e deliberadamente esquivar-se deles. Deves terminantemente ajudar a levantá-los” declara Deuteronômio 22:4. Similarmente, outra lei em Êxodo 23:4 e 5 ordenava que animais perdidos fossem devolvidos aos seus donos e que animais em perigo fossem ajudados. Até mesmo o descanso sabático incluía os animais: “Seis dias deves fazer teu trabalho; mas no sétimo dia deves parar, para que teu touro e teu jumento descansem”, é o mandamento em Êxodo 23:12.
Além de várias leis de proteção aos animais, a Bíblia contém varias passagens que mostram o cuidado de Deus com os animais. Um relato muito tocante da Bíblia fala de um certo homem que era tão apegado a sua ovelha que “ela crescia com ele e com seus filhos, todos juntos. Comia do seu bocado e bebia do seu copo e deitava-se no seu colo e veio a ser para ele como uma filha” (2 Samuel 12:3). Essa história foi usada na Bíblia como exemplo de uma relação preciosa e que deveria ser preservada. Tenho certeza que muita gente se identifica com esse relato e se sente da mesma forma em relação ao seus animais de estimação, como parte da família.
Jesus, como filho de Deus, também demonstrava compaixão para com os animais. “Quem é o homem entre vós que tendo uma só ovelha e caindo esta numa cova, num sábado, náo a agarra e levanta para fora?” disse ele em Mateus 12:11 como exemplo de algo excelente a ser feito. Em outro relato, Jesus expressou a importância que seu Pai dava mesmo aos animais mais pequenos, ainda que eles tivessem pouco ou nenhum valor financeiro, dizendo “Não se vendem dois pardais por duas moedas de pequeno valor? Contudo, nenhum deles está esquecido diante de Deus” (Lucas 12:6).
Através dessas passagens da Bíblia, pode-se ver clamaramente que Deus não considera os animais como sendo descartáveis ou sem valor. Como cristã e amante dos animais, saber que Deus se importa com eles e espera que nós humanos também nos importemos é uma ideia bastante confortadora, pois me mostra que o amor de Deus se estende a todos, inclusive aos animais (1 Joao 4:8, Genesis 1:25) e me motiva ainda mais a zelar pelo bem estar deles, não apenas por compaixão, mas pelo o que de fato é: um mandamento de Deus e um ato de amor cristão.

Como dar um comprimido ao seu gato

29 julho 2016

Assembleia da República aprovou fim do abate dos animais abandonados nos canis

A Assembleia da República aprovou no passado dia 9 de Junho nova legislação que proíbe o abate dos animais abandonados a partir de 2018 e regula tanto o bem-estar animal como a introdução desta temática no ensino para os alunos do 1º ciclo.

Leia mais aqui

POMBAIS CONTRACEPTIVOS: É A IDEIA DO PAN PARA CONTROLAR OS POMBOS NAS CIDADES


Planeamento Urbano28/07/2016 pombos citadinos



O Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) tem uma ideia para pôr um travão à quantidade excessiva de pombos nas cidades de Portugal. Num plano hoje enviado às autarquias do país, o partido defende que é possível controlar a reprodução desta espécie através de pombais contraceptivos, pondo fim ao abate, práctica comum por cá.


Foto: Jans Canon / Creative Commons

Os pombais contraceptivos são estruturas de reprodução artificial e constituem um método de controlo populacional de pombos cada vez mais popular na Europa. A ideia é dar aos animais um local específico para nidificarem, evitando assim o nascimento de novos pombos de forma descontrolada.

Para o PAN esta é uma alternativa viável que ajuda os responsáveis locais a lidar com a sobrepopulação desta espécie e que já foi implementada com sucesso em alguns países da Europa, com destaque para as mais de 70 cidades alemãs e algumas localidades francesas.

De forma ética, eficaz, sustentável, ecológica e económica é possível controlar a quantidade de pombos, defende o partido. Há também várias vantagens para os humanos: maior higiene nas cidades, poupança na manutenção dos espaços privados e públicos, caso de tantas estátuas e monumentos do país.

Fonte


21 julho 2016

Tudo sobre pombos

Por conhecer bem estas aves que tão incompreendidas são, partilho com os leitores deste blogue, alguns links onde se encontra informação para quem as queira ajudar. Clique nas imagens.









Sintomas dos doenças 




Universidade do Minho estuda o comportamento dos pombos
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Doenças de Pombo: realidade ou mito

Dr. Roberto Kelly Vidinha – Médico Veterinário
Preocupados com notícias distorcidas veiculadas pela imprensa e repetidas por autoridades mal informadas sobre doenças que seriam transmitidas por pombos ou seus dejetos;

Conscientes de que estas informações pseudocientíficas prejudicam a toda uma espécie, pois atemorizam a população e induzem a preconceitos;

Gostaríamos de esclarecer que:

O pombo não é portador de nenhuma doença exclusiva, não existindo a famosa “DOENÇA DE POMBOS”.

A TOXOPLASMOSE não é transmitida diretamente ao homem pelo pombo, pois neste, o parasita não desenvolve totalmente o seu ciclo vital e reprodutivo, condição indispensável para se tornar infeccioso ao ser humano. A principal fonte de toxoplasmose é a ingestão de carnes contaminadas, mal cozidas, e verduras mal lavadas.

Doenças transmitidas por fungos que se desenvolvem em dejetos como a HISTOPLASMOSE e a CRIPTOCOCOSE são originárias, também, de fezes de outros animais, inclusive de fezes humanas, de solo orgânico e até de frutas podres. Esses fungos necessitam de condições especiais para se desenvolver e se multiplicar, não resistindo ao sol e a altas temperaturas do nosso clima ( o fungo histoplasma morre aos 40o e o criptococus aos 44o C), portanto asfalto, praças abertas, areias ensolaradas e parapeitos não são ambientes favoráveis aos fungos. A histoplasmose é também conhecida como “DOENÇA DAS CAVERNAS”, pois neste ambiente fechado, escuro, úmido e com grande acúmulo de matéria orgânica (ex: fezes de morcego) é que o fungo encontra condições ótimas para se desenvolver.

A ORNITOSE, ou PSITACOSE, ou CLAMIDIOSE é uma doença que atinge muitas aves e mamíferos, inclusive o homem. No entanto, estudos indicam que não existe apenas um tipo do fungo clamídia e que o ser humano é mais sensível ao grupo das clamídias transmitidas por psitacídios (papagaios, periquitos, etc), sendo necessário para que haja contaminação, um contato íntimo com a ave doente. AVES SAUDÁVEIS NÃO SÃO TRANSMISSORAS DE TAL DOENÇA.

Pesquisas sobre a salmonelose demonstram que o pombo não é um transmissor importante. A salmonela é uma bactéria encontrada até em ovo de galinha e é praticamente sinônimo de comida estragada.

Quanto à tuberculose aviária, como o próprio nome indica, é diferente da tuberculose humana e bovina. Comum a todas as aves, essa bactéria pode ser encontrada em muitos lugares (no solo, em ostras e até no leite fresco). Ratos e outros animais podem ser portadores eventuais. O sol destrói o bacilo em poucas horas, porém ele pode sobreviver por muito tempo na água ou no esgoto. Apesar do homem ter forte resistência ao bacilo, suas principais fontes de contágio são carne mal cozida e leite mal fervido.

O famoso “PIOLHO DE POMBO” não é o mesmo piolho que infesta os humanos. São ácaros também encontrados em outras aves urbanas e silvestres. Mesmo que, eventualmente passem para as pessoas que tenham contato íntimo com aves, eles não sobrevivem mais que algumas horas e não trazem nenhum mal.

Geralmente, as vítimas reais de doenças de aves, são criadores que possuem grande quantidade de pássaros, em ambientes fechados, escuros, úmidos, sem padrões de higiene e sem acompanhamento de um profissional veterinário. O contágio apenas por proximidade ou convivência com aves é difícil e pouco provável.






O pombo-comum (Columba livia), também conhecido como pombo-doméstico, ou pombo-das-rochas, pertencem à família Columbidae. Este animal é um velho servidor do homem. No Antigo Egito já era usada como mensageira, e assim continuou ao longo de séculos. Muito resistentes e dotada de um espantoso sentido de direção, um pombo-correio bem treinado pode voar mais de 1500 km até atingir seu destino.

São encontradas em quase todo o mundo, exceto nas regiões polares. Vivem em bandos de, às vezes, milhares de indivíduos. Podem viver por muito tempo, podendo chegar até os 35 anos de vida.

Uma de suas características físicas que ajudam a distinguir os pombos de outros pássaros é a presença de ceromas nasais, que são carnosidades localizadas na base do bico e recobertas de pele macia e brilhante. Sua dieta é composta de grãos de diversos cereais (trigo, cevada, milho, aveia), de caracóis, insetos e minhocas.

Na época do acasalamento, o macho corteja a fêmea arrulhando. Caso ela aceite a corte, trocam carícias semelhantes a beijos. Um casamento entre pombos é para sempre. Fiéis e amorosos, macho e fêmea permanecem juntos a vida inteira. Quando um morre, o que sobrevive leva algum tempo para acasalar de novo.

A fêmea tem seis ninhadas por ano, em geral de dois filhotes, que ficam cerca de um mês no ninho, aos cuidados dos pais, que fornece o “leite de pomba”. Este, por sua vez, é secretado pelas paredes da moela dos pais. Diluído em água, é o único alimento dos filhotes nos primeiros dias de vida, sendo que em seguida, a dieta é enriquecida com sementes semidigeridas que os pais regurgitam diretamente no papo dos filhotes. É o “leite de pomba” que permite aos filhotes sobreviverem mesmo nas épocas de escassez de insetos ou outras fontes de alimentos.