28 março 2011

A história da Bolota

 
Nota prévia: este post é a transcrição de uma mensagem da Associação Animais da Rua.
 
Recentemente, a Animais de Rua envolveu-se no resgate de um animal de uma espécie diferente dos habituais cães e gatos que nos passam pelas mãos todos os dias.

Soubemos que um leitão fêmea iria ser usado para as filmagens de uma série da SIC ( "A Família Mata" - episódios 17 e 18, dia 30 e 31 de Março) e que iria ser devolvido ao criador no final, onde o esperava o abate. Os membros da produção do programa que estavam com ele em casa rapidamente se afeiçoaram ao animal e não queriam que fosse esse o seu destino, pelo que a Quinta das Águias, que tem um pequeno santuário para animais de quinta, se prontificou a recebê-la.

Depois de algumas peripécias para a conseguirmos transportar até Paredes de Coura, a Bolota chegou à Quinta, onde foi muito bem recebida pelos restantes animais residentes. É um animalzinho incrivelmente inteligente e afectuoso, adora colo (mal pegamos nela adormece quase instantaneamente) e desenvolveu uma amizade especial com a Yana, cadela dogue alemão senior que está na Quinta em FAT e com quem ela dorme todos os dias na mesma casota.

É um mamífero que tem o mesmo grau de sensibilidade, a mesma capacidade de sentir dor e prazer e mesma densidade emocional que os cães e gatos que aqui lutamos diariamente para proteger.
No entanto, muitos de nós esquecemos que o fiambre e outras carnes que comemos provêem de animais como a Bolota, mas que foram criados intensivamente e levaram existências curtas e miseráveis, em espaços exíguos onde não se podem mexer (muitas vezes nem se podem levantar ou virar, e as porcas amamentam as crias através de grades, sem nunca os poderem lamber ou acarinhar), não podem conviver com outros animais e não vêem sequer a luz do dia, para serem depois transportados em condições desumanas e abatidos de forma agonizante, tudo para alimentação dos seres humanos.

 
 

 









Aproveitamos para o convidar a ler e fazer uma pequena reflexão sobre um texto que versa precisamente sobre esta questão da distinção que fazemos sobre as diferentes espécies de animais: Vegetarianismo Ético
E também para sugerir a leitura do livro Eating Animals,
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em Português Comer Animais, de Jonathan Safran Foer, quem está a fazer um enorme sucesso a nível mundial e que traz uma abordagem inovadora e muito interessante sobre os nossos hábitos alimentares.
E, por fim, do livro "Libertação Animal", de Peter Singer, um dos principais filósofos americanos da actualidade e que temos à venda na nossa Loja Virtual
É importante lembrar que, mesmo que não siga a opção vegetariana/vegan, estará já a tomar uma opção mais ética e mais compassiva com os animais ao reduzir o número de refeições com produtos animais e ao adquirir sempre ovos de galinhas criadas ao ar livre, e carnes e produtos lácteos biológicos.
Há pequenas mudanças que podemos fazer nos nossos hábitos e que evitam um sofrimento terrível a muitos milhões de animais!

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