16 julho 2011

Truques para dar remédio para seu bichinho



Ministrar remédios aos pets não é tarefa fácil. Por isso, elencamos dicas para te ajudar.
Se é verdade que há certos mitos envolvendo o comportamento de cães e gatos, há também algumas percepções impossíveis de contestar. Dar remédios para os pets, por exemplo, nunca é tarefa simples para donos pouco experientes.
São raros os bichos de estimação que tomam remédio de boa vontade. Cães acham ruim o gosto ou mesmo a sensação de algo estranho descendo pela garganta.
Gatos, por sua vez, são desconfiados: com sua mania de checar tudo antes de consumir, remédios para eles é tido como possível ameaça à saúde. Por mais que, na prática, sejam exatamente o contrário.
Pensando nisso, consultamos a veterinária clínica e terapeuta Rúbia Burnier (UNIFENAS-MG), que atua há mais de 20 anos na área de comportamento animal, para colher algumas dicas úteis e práticas.
Segundo ela, hoje é mais fácil ministrar remédios aos pets em casa do que há alguns anos.
- Atualmente, já existem diversos medicamentos no mercado em forma de pasta ou mesmo com gosto, para ajudar nesta nem sempre descomplicada missão. O mercado está se aprimorando nesse sentido, o que é ótimo para todo o mundo.
Para cada tipo de remédio, há um jeito especial de se ministrar o medicamento, explica a profisional.
Medicamentos líquidos ou xaropes em geral: A dica é prestar atenção à dose ideal para a variação de peso do animal. O remédio deve ser dado com o uso de seringa, sempre posicionada na curva interna da boca, entre o maxilar superior e o inferior. Não vá com pressa. Acalme o animal, vá conversando com ele e, de forma ligeira, puxe o lábio, apoie o bico da seringa, mostre um petisco e o faça entender que esta é a recompensa. Pressione a seringa com cuidado, para que o remédio não vá para a laringe. É muito importante dar o remédio evitando ao máximo reações físicas, pois o pet corre o risco de machucar o pescoço ao tentar escapar.
Medicamentos sólidos por via oral: No caso dos comprimidos, cápsulas ou drágeas, o ideal é selecionar um alimento que o pet gosta muito. Podem ser frutas, como a banana, ou petiscos molinhos, a exemplo do polenguinho. Quebre o alimento em três pedaços. Você precisa dar o remédio em três fases. O primeiro pedaço é puro, o segundo, escondido dentro do alimento, e, o terceiro, também sem nada. Para colocar o remédio direto na garganta, o procedimento é posicionar o animal de costas entre as suas pernas. Com o bichano de costas, levante a cabeça e introduza na garganta até ele engolir. Quando o animal não encara o dono, é menos provável que fique estabanado ou agressivo.
Remédios em pasta: Especialmente no caso dos gatos, o veículo mais indicado de remédio é a modalidade em pasta, cada vez mais popular no mercado. Como os gatos são desconfiados, os remédios em pasta dão uma tapeada neles, já que os felinos têm mania de checar tudo, ao contrários dos cães, que são mais incautos. Você passa na pata e o animal instintivamente lambe, sem que você precise negociar com ele. Há também as pastas tópicas, para passar nas costas.
Medicamentos tópicos: Medicamentos tópicos são invariavelmente receitados pelos veterinários. No caso dessa modalidade, dos remédios absorvidos pela pele, dê prerência aos que vêm em spray ao invés das pomadas (não confundir com os remédios em pasta). Isto porque as pomadas são lambidas pelos animais e não se fixam bem. Além de atrapalhar o tratamento, isso causa irritação na pele. Outro problema das pomadas é que o remédio acumulado entre os dedos, no caso de ser aplicado nas patas, promove humidade com possibilidade de criação de fungos. Para os tratamentos simples, o único toque na hora de usar os sprays é não aplicar em contato direto com o corpo, o melhor é aplicar no algodão e espalhar. Depois de passar o remédio, é prudente brincar ou passear com o cachorro, o que ajuda o medicamento a agir. Mesmo o spray sendo uma opção que se fixa bem à pele, é bom não esquecer de recompensar o amigão depois.
Medicamentos para o ouvido: Esse é um dos tipos de remédio mais complicados, pois os animais têm a sensação de desequilíbrio com os medimamentos líquidos para o ouvido. Depois da primeira aplicação, é difícil o pet deixar fazer a segunda. Nesse caso, também não tem muita negociação. O jeito é colocar o cão sobre uma mesa e fazer a aplicação usando focinheira. Há, porém, alguns medicamentos já disponíveis em gel, que são melhores, porque evitam justamente a sensação de desconforto que tanto assusta os bichos. Seja qual for a escolha, a sugestão é segurar as orelhas com firmeza, mas sem apertar, e levantar para pingar a dosagem. Depois, abaixe a orelha com gentileza e esfregue a cartilagem na base da orelha. Assim, o medicamento flui pelo canal auditivo

 

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